Câmara do Cabo quer limpar sua imagem marcada pela corrupção

Coluna de Olho na Política – Exclusiva para o Cabo
Quarta-feira, 07 de abril de 2021

Por Jorge Lemos

Palco de escândalos com afastamento e prisão de vereadores, operações policiais com apreensões de documentos e computadores. Essa é a imagem gravada na memória dos cabenses. Os inúmeros escândalos envolvendo a câmara resultou na baixa votação dos vereadores que concorreram à reeleição e tiveram suas votações reduzidas drasticamente. Muitas coisas precisam mudar, muitas práticas precisam ser abolidas, mas os primeiros passos já foram dados.

O presidente da Câmara, vereador Ricardinho (MDB), fez uma pesquisa de opinião para saber como anda a imagem do legislativo cabense e daí ele tem se baseado nas suas ações. Desde que assumiu a presidência em janeiro, Ricardinho tem feito muitas mudanças naquela casa. Muitos vereadores querem acertar, outros parecem que querem continuar com as mesmas práticas.

Nesta semana, a Câmara devolveu ao Poder Executivo R$ 145 mil, oriundo da economia feita naquela casa. O recurso será utilizado na compra de cestas básicas para ajudar os afetados pela pandemia do Coronavírus.

Ontem, os vereadores aprovaram a redução do recesso parlamentar de 92 dias para 49 dias. Pelo andor da carruagem o presidente não tá pra brincadeira.

Eleição – A União dos Vereadores de Pernambuco (UVP) realiza na próxima segunda-feira, 12 de abril, a eleição da diretoria executiva e do Conselho Fiscal para o biênio 2021/2023. O processo eleitoral será das 7h às 13h, no Hotel Canarius de Gaibu.

É irregular– A UVP já alertou todas as Câmaras Municipais, a proibição de emissão de diárias para vereadores destinadas à participação no processo eleitoral. A eleição da UVP não é considerada uma atividade de interesse público do município e o recebimento de diárias poderá ser questionada posteriormente pelos órgão de controle externo.

Encontro com Keko 1- Quem esteve pelo Palácio Joaquim Nabuco, sede do governo cabense, ontem, foi a secretária executiva de Articulação e Prevenção ao Crime e a Violência, Edna Gomes (PP), para um encontro com o prefeito Keko do Armazém. Segundo Edna, a pauta foi de interesse do Estado e município. Gomes que já foi secretária, vereadora e vice-prefeita do município estava muito à vontade no Centro Administrativo.

Encontro com Keko 2- A presença de Edna Gomes ontem à tarde e noite na prefeitura, causou vários burburinhos. Edna e Keko são amigos, independente da política. Edna trabalhou como bombeiro para evitar o rompimento entre Keko e Lula. A relação de amizade é de muitos anos, mas ficou mais próxima quando Keko assumiu a gestão por 360 dias.

Ctrl C e Ctrl V – Tem vereador na Câmara do Cabo que copia e cola tudo. O camarada fica ligado em todas as ações do prefeito Keko e se ele souber alguma ação que o prefeito vai fazer, ele corre, prepara o requerimento, apresenta em plenário e aparece como o pai da obra. Assim não dá, excelência!!

Tiroteio– Diariamente o suplente de vereador Paulo Farias (PSB) direciona sua arma para Câmara e Prefeitura do Cabo. A vontade de Paulo em denunciar Keko é tão grande que terminou denunciando seu líder político, Lula Cabral. Segundo Paulo, a prefeitura do Cabo estava pagando R$ 60,00 numa hora de carro de som e denunciou o atual prefeito de dar tiro de lascar o cano. A grande questão é que o contrato com a empresa de carro de som é oriundo da gestão de Lula Cabral e Keko só fez renovar.

Divulgação – O carro de som ainda é muito presente no cotidiano cabense, mesmo com os avanços das redes sociais. O som volante tem contribuído muito neste período de pandemia e é o que leva a informação até o cidadão, principalmente agora com a divulgação da vacinação.

Avaliação– O delegado Antônio Resende fez ontem, uma Live de avaliação de 100 dias do governo Keko. O delegado não apresentou nada de novo e ficou com aquele mesmo discurso das famílias Cabral X Gomes. Bateu muito que alguns secretários eram oriundos da gestão Lula e que era o mesmo governo. O delegado, para conquistar algum mandato, precisa se aprofundar mais nos números e indicadores para puder debater a cidade, mas fica só numa tecla e o discurso cansa os ouvidos dos munícipes. Para fazer análise de um governo é preciso ter embasamento para poder informara o público.