Nova campanha do destino Porto de Galinhas é apresentado pela Prefeitura do Ipojuca

Em transmissão on-line realizada nesta sexta-feira (07), véspera do Dia Nacional do Turismo, a Prefeitura do Ipojuca, por meio da Secretaria Municipal de Turismo, apresentou a nova campanha para 2021 do destino Porto de Galinhas. A divulgação do balneário, principal destino turístico de Pernambuco e um dos mais requisitados no Brasil e América Latina, incluiu vídeos publicitários que estão sendo veiculados em 12 estados e peças gráficas, fruto de emenda parlamentar, como: diário de viagem, livro de fotos e poesias e guia de viagem com encarte. “Além disso, todo esse rico material sobre nosso destino também servirá como forma de incentivar, valorizar e fomentar a riqueza natural e cultural da região de Porto de Galinhas”, disse a secretária de Turismo do Ipojuca, Carol Vasconcelos. A prefeita do Ipojuca, Célia Sales, foi convidada a discursar sobre “A importância do Turismo para Ipojuca”. Na ocasião declarou que “Falar sobre a importância do Turismo em Ipojuca é falar sobre os próprios ipojucanos”, uma referência aos mais de 25mil pessoas que vivem do turismo no município. “A retomada do turismo é essencial para Ipojuca e para o nosso povo, por isso temos investido em capacitações para as categorias com protocolos de saúde e orientações de atendimento ao público. E logo que for possível, vamos voltar a fazer as feiras de divulgação do nosso destino com todo o material lindíssimo que preparamos”, informou a prefeita. Na sua fala, a gestora também falou das dificuldades impostas pela pandemia ao setor e de como a Prefeitura do Ipojuca atuou de forma pioneira, ainda em 2020, com a criação do Benefício Eventual Municipal (BEM) para ajudar diversas categorias que ficaram impedidas de desempenhar suas atividades. Iniciativa que foi renovada este ano com a implantação do NOVO BEM, ampliando de 4 mil para 5mil o número de trabalhadores que serão beneficiados no valor de R$500. A prefeita Célia Sales ainda antecipou que serão criadas novas rotas turísticas, e entregues a praça dos bugueiros e o Centro de Atendimento ao Turista (CAT). Prestigiaram a live de divulgação da nova campanha do destino Porto de Galinhas representantes do Ministério do Turismo; Embratur; Empetur; Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Pernambuco (ABIH-PE); Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL-PE); Sebrae; Consulado da Argentina em Recife; Porto de Galinhas Convention & Visitors Bureau. Também participaram o deputado estadual Romero Sales Filho, alguns secretários municipais do Ipojuca e o homenageado do evento virtual, o conferencista, ex-presidente da Empetur e um dos principais nomes que valorizaram o turismo em Pernambuco, Roberto Pereira.

Miguel Coelho apresenta potencial da fruticultura a Eduardo Bolsonaro e ao presidente do BNDES

O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho recepcionou, nesta sexta (07), o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro. A visita das duas autoridades ao Sertão do São Francisco teve como objetivo conhecer os potenciais da fruticultura e do turismo. Em uma das principais fazendas da região, o prefeito Miguel Coelho mostrou o processo de produção e preparo para exportação de frutas como a manga e a uva. Durante a conversa, o gestor falou sobre a importância do segmento para a economia local. A região de Petrolina é a maior exportadora de uva e manga no Brasil, além de referência em irrigação. O prefeito de Petrolina também conversou ainda com Montezano e Bolsonaro sobre os potenciais do turismo de lazer e de negócios do Sertão do São Francisco. “Petrolina é exemplo de sucesso. Mesmo com a pandemia, nossa região consegue manter crescimento na produção e na geração de empregos. Muito disso se deve à fruticultura irrigada. Mostrei para o presidente do BNDES e ao deputado Bolsonaro que com mais investimentos públicos podemos expandir o desenvolvimento”, disse o prefeito após o tour.

Bruno Rhuan é cotado para presidir a Juventude do Podemos

O jovem e atualmente emedebista, Bruno Rhuan vem sendo notado por importantes atores políticos da metropolitana. Entre eles, o deputado estadual Wanderson Florêncio, um dos líderes da oposição na Assembleia Legislativa. Com base política em Caixa d’água, Olinda e forte atuação em Camaragibe, como também nos municípios de Camutanga e Salgadinho, onde foi secretário. Rhuan só confirma a força da juventude na política. Articulador e com serviços prestados à população, Bruno chamou a atenção do deputado estadual, Wanderson Florêncio que o convidou para presidente da juventude do Podemos, partido esse que lançou Patrícia Domingos, como nome para capital pernambucana. “Eu fico muito feliz com o reconhecimento do deputado, é importante que a juventude esteja de mãos dadas com o legislativo. Entretanto, eu tenho um histórico no MDB, onde minha família tem base política e construi uma história. É necessário pensar no futuro , entretanto estarei a disposição sempre do povo”, afirmou Bruno Rhuan.

Anderson Ferreira antecipa para maio a primeira parcela do 13º dos servidores do Jaboatão

O prefeito do Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, anunciou, nesta sexta-feira (7), a antecipação da primeira parcela do 13º salário dos servidores municipais para o próximo dia 21. Somando com a folha de pessoal, a ser paga no final do mês, serão injetados quase R$ 80 milhões na economia do município. O anúncio faz parte das ações comemorativas ao aniversário dos 428 anos do Jaboatão. “Esse é mais um ano em que nossos servidores estão se dedicando com mais afinco ao trabalho, para que a população continue sendo bem atendida e os serviços sejam realizados de forma eficiente. Por isso, nada mais justo que esse reconhecimento, no mês de aniversário do Jaboatão, com a antecipação da primeira parcela do 13º”, destacou o prefeito Anderson Ferreira. De acordo com o prefeito, a antecipação do pagamento se deu porque, mesmo diante da crise econômica provocada pela pandemia, a gestão jaboatonense conseguiu manter as contas equilibradas. Além dos salários pagos dentro do mês, a Prefeitura do Jaboatão tem realizado obras de infraestrutura e mantendo os serviços essenciais para o município.

Vale a pena investir na Caderneta de Poupança?

Por Sandro Prado A Caderneta de Poupança é o investimento mais conhecido dos brasileiros. E não poderia ser diferente, em janeiro deste ano, ela completou 160 anos. Sua história é entrelaçada com a da Caixa Econômica Federal que, no Decreto da sua criação, só possuía dois produtos: o penhor e a poupança. O investimento denominado Poupança ganhou o prenome Caderneta devido ao fato de que todas as anotações de rendimentos e movimentações, eram apontadas em uma caderneta. Possuir uma Caderneta de Poupança é relativamente simples e não há necessidade de escolher previamente a melhor Instituição Financeira para a sua abertura. Todas as Instituições seguem as mesmas regras, não cobram taxas e oferecem a mesma rentabilidade. A poupança é classificada como um investimento de renda fixa. O poupador não corre o risco de ver o montante aplicado reduzir como em investimentos de renda variável. Não são cobradas taxas e se sabe antecipadamente o rendimento que o investidor irá auferir. Não incide Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) nos rendimentos auferidos e possui total liquidez já que, “o saque do dinheiro”, pode ser feito “a qualquer momento”. De janeiro de 1861 a maio de 2012 a Caderneta de Poupança tinha uma regra muito clara, juros de 6% ao ano (a.a.) mais correção monetária. Hoje, se a regra tivesse sido mantida, o rendimento anual da aplicação seria de 6% a.a. acrescido da Taxa Referencial (TR). A TR foi um instrumento criado com o intuito de controlar a inflação durante o governo do presidente Fernando Collor de Melo, conhecido pelo bizarro episódio do “Confisco da Poupança”. Desde 2017 a TR está “artificialmente” zerada. Atualmente o rendimento da Caderneta de Poupança segue a seguinte regra: se a Taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC) estiver acima de 8,5% a.a. a Caderneta de Poupança rende 0,5% ao mês (a.m.), acrescido da TR. No entanto, estando a Selic abaixo de 8,5% a.a., o rendimento passa a ser equivalente a 70% da Selic, acrescido da TR. A partir do dia 5 de maio de 2021 o Comitê de Política Monetária (COPOM) alterou a Taxa Selic de 2,75% a.a. para 3,5% a.a. Com esta mudança a remuneração da Caderneta de Poupança passa a ser de 2,45% a.a. A Inflação acumulada, nos últimos 12 meses, está em 6,10% (IPCA). No dia 8 de maio, data da divulgação do IPCA de abril, o Índice acumulado será ainda maior. E, como popularmente costuma se dizer, “a Poupança está perdendo para a inflação”. Desta forma, apesar das inegáveis vantagens de se aplicar na Caderneta de Poupança, com a inflação acima do teto da meta e a Selic relativamente baixa, investir na Caderneta de Poupança talvez nem possa ser rotulado como investimento. Então, vale a pena investir na Caderneta de Poupança? Sandro Prado é economista e consultor  

Coluna de Olho na política: Aliança entre aliados de Lula Cabral com Keko só demonstra que estão todos em casa

Coluna de Olho na Política Sexta-feira, 07 de maio de 2021 Por Jorge Lemos Não é de causar estranheza a montagem de alianças do governo Keko do Armazém. O prefeito tem feito um governo de coalizão e aos poucos tem demonstrado quem são os seus aliados. Não causa nenhuma surpresa a aliança com o PP e PTC, partidos aliados de Lula Cabral. A cada passo dado só demonstra que estão todos na mesma casa e fazem parte de um mesmo grupo político, só estão afastados temporariamente. De fato, só os Gomes não fazem parte deste grupo. Para o prefeito, o cenário é de conforto já que vai governar sem oposição, só se os Gomes, liderados por Elias deixarem o governo e partirem para uma oposição forte a Keko, mas integrantes do grupo já dizem que não cabe mais aventuras e o momento é de sobrevivência. Até onde vai essa reaproximação? O atual prefeito não tem dificuldades para governar com integrantes do grupo Lula Cabral, inclusive escolheu secretários de confiança do ex-prefeito para gerir com ele a prefeitura, a exemplo de Osvir Thomaz (Jurídico), Márcia Beatriz (Logística) e Maria Sizenalda (Finanças). Não será novidade nenhuma se o prefeito Keko do Armazém anunciar nos próximos dias, Edna Gomes como secretária municipal. Aliada de Lula Cabral e grande amiga do atual prefeito, inclusive atuou diretamente para evitar o rompimento do prefeito e vice à época. Ela conhece como ninguém a pasta de Programas Sociais, área que tem andado a passos lentos no governo Keko. Para o grupo de Keko só existe uma restrição no grupo de Lula Cabral. É o suplente de vereador, Paulo Farias (PSB), que foi secretário no município. Ele é tido como o causador do rompimento entre Lula e Keko. Farias tem feito uma oposição radical contra o atual gestor, muitas vezes saindo da esfera política e partindo para o pessoal. Ontem, Farias divulgou uma nota que será oposição até o dia 31 de dezembro de 2024. Chegou, chegando – Ao anunciar o apoio do PP ao prefeito Keko do Armazém (PL), o deputado federal, Eduardo da Fonte, já chegou anunciando grandes investimentos para o Cabo. São R$10 milhões em emendas paras as áreas de Assistência Social, Infraestrutura e Saúde. O deputado também já garantiu que o município vai receber 5 retroescavadeira e 4 tratores. Será o maior investimento de um deputado federal anunciado até agora no Cabo. Definido – O prefeito do Moreno, Edimilson Cupertino (PSB), já definiu seu deputado federal nas eleições de 2022. Será Lula da Fonte, filho do deputado federal, Eduardo da Fonte e presidente do PP no Recife. Lulinha já esteve ontem, na cidade de Moreno na inauguração do Recife Outlet Premium. O estadual será Aglaison Filho (PSB). Fortalecidos – Os enfermeiros de todo o país estão numa luta grande para aprovação do Projeto de Lei 2564/2020, que institui o piso salarial nacional da categoria e a jornada de trabalho semanal para os profissionais de enfermagem. Na próxima segunda-feira, 10 de maio, presidentes dos Conselho Regionais de Enfermagem irão se reunir com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. O encontro será virtual, às 10h, e tem o objetivo de discutir a importância da pauta para a categoria e convencer o Senador a incluir em votação já durante a semana da Enfermagem. Rompidos? – Circula nos bastidores da política pernambucana que o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Eriberto Medeiros e o deputado federal, Eduardo da Fonte não fumam mais o cachimbo da Paz e estão rompidos. Comenta-se que Eriberto já procura um novo partido para militar e sair do PP na janela partidária em 2022. Agricultura – A prefeita de Cortês, Fatima Borba (PRB), esteve ontem com o secretário de Desenvolvimento Agrário do Estado e com o deputado estadual, Clodoaldo Magalhães. Eles trataram sobre os projetos voltados para o desenvolvimento da agricultura no município.

Se Censo ocorrer em 2021 vai ser falho, diz ex-presidente do IBGE

O Brasil terá que encarar nos próximos dias mais um debate polêmico na sua longa lista de problemas: o Censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A partir desta 6ª feira (7.mai.2021), o Supremo Tribunal Federal (STF) vai analisar no plenário virtual a liminar do ministro Marco Aurélio Melo que obrigou o governo federal a assegurar o orçamento mínimo necessário para a realização da pesquisa nacional em domicílios. A sondagem mostra o retrato mais fiel do país. Realizado a cada 10 anos, como prevê a Constituição, o Censo deveria ter sido feito em 2020, mas foi adiado para este ano devido à pandemia. O governo federal, porém, não assegurou o orçamento necessário em 2021 e cancelou o levantamento. O caso chegou ao STF a partir de questionamento do governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B). Marco Aurélio entendeu que o governo federal deve assegurar os recursos e fazer o Censo, pois se trata de uma obrigação constitucional. A leitura política adjacente ao questionamento do governador é a de que a Jair Bolsonaro não interessa fazer o Censo, pois ele vai revelar uma nação em ruínas, destruída pelo coronavírus e por mazelas econômicas e sociais estruturais que só se agravam, e, assim, prejudicar as chances de reeleição do presidente em 2022. Roberto Olinto Ramos, que presidiu o IBGE entre 2017 e 2019 e é especialista em estatística há quatro décadas, cobra um debate público sobre o Censo, envolvendo o Congresso, a sociedade e especialistas. Em entrevista à DW Brasil, ele afirma que era favorável ao Censo em 2021, mas mudou de opinião. Por razões estritamente técnicas, ele avalia que em 2022 deverá ser mais viável ter um Censo que poderá assegurar a qualidade necessária à sondagem. As informações do IBGE são cruciais para fundamentar políticas públicas na saúde, educação, habitação, indigenistas e de combate à pobreza e à desigualdade. “Na pandemia, você não está pegando um retrato viável para ser usado como planejamento em uma década. Esse Censo é adequado? Vai ser falho, não tem jeito”, diz Ramos, que é professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Além de lamentar a falta de transparência do IBGE e a contaminação política de debates técnicos, ele afirma que o instituto foi abandonado pelo Ministério da Economia e que a frente parlamentar no Congresso que se envolvia nestes debates foi desfeita. DW Brasil: O senhor se surpreendeu ao saber que não haveria Censo em 2021 por falta de verba? Roberto Olinto Ramos: Hoje, no Brasil, nada me surpreende mais. Esse Censo, no atual governo, vem sendo desde o princípio debatido de forma bastante inédita. A questão do Censo é técnica. Um Censo não é um projeto que se realize rapidamente. Ele se constrói ao longo do tempo, com discussão entre o IBGE e comunidade de especialistas. Quando começou o atual governo, se criou a polêmica da redução do questionário e o argumento era o ajuste fiscal. O lamentável disso foi que uma questão técnica acabou virando discussão quase política. Uma enorme tolice. Os pontos fundamentais, e de que até hoje eu não me convenço, eram que se você diminuir o questionário reduz o custo. Não me parece argumento sólido. Chegou a pandemia e obviamente ela inviabilizou o Censo, porque, por questões sanitárias, não se conseguiria chegar a todos os domicílios. A pandemia não terminou. Ao contrário, é pior este ano. A vacinação não vai permitir a realização do Censo em agosto e setembro, como planejado. Eu achava que deveria ser [feito o Censo] em 2021, mas mudei minha minha opinião neste cenário. Por quê? O Censo é extremamente detalhado, e essas informações são base para um planejamento de 10 anos. Na pandemia, você não está pegando um retrato viável para ser usado como planejamento em uma década. Em 2022 você teria um momento de maior estabilidade na população, maior tranquilidade para as pessoas responderem. A pandemia criou mudanças: desemprego, pessoas empregadas em casa, pessoas que mudaram de endereço para se protegerem, e outras questões que não sabemos. Por isso seria razoável adiar. E surge uma nova questão que é o orçamento. O orçamento inicial para o Censo todo era planejado na ordem de R$ 3,6 bilhões, mas para três ou quatro anos, com R$ 3,1 bilhões para o ano da operação. Cerca de 220 mil pessoas deveriam ser pagas neste ano para a operação. Esse orçamento foi sendo reduzido e chegou a R$ 2 bilhões neste ano. A direção do IBGE diz que seria viável fazer um Censo com R$ 2 bilhões. Eu tenho lá minhas dúvidas. Acho que o risco de fazer um Censo de qualidade pior está envolvido neste orçamento. O Brasil então está misturando os debates, da restrição orçamentária para fazer o Censo com a questão técnica sobre que qualidade que teria a sondagem em plena pandemia? É exatamente isso. Uma coisa é discutir o Censo na grande questão sanitária. A outra coisa é o orçamento. O orçamento foi literalmente massacrado. De R$ 2 bilhões, se reduziu para R$ 50 milhões, R$ 70 milhões. E aí não tem dinheiro para fazer o Censo em 2021. Mas, com o dinheiro que estaria alocado ao IBGE, não teriam condições nem de preparar o Censo para 2022. Se unificaram as posições: tem que ter Censo, o Censo é fundamental para o país. Mas como resolver isso? Se não tiver um orçamento mínimo para este ano, cria um problema de preparação. O IBGE se tornou um órgão muito fechado, e eu lamento isso. Hoje estamos com dois problemas. Problema 1: teria que ter orçamento em 2021. Se tiver orçamento, apesar de eu discordar, vamos fazer o melhor possível. Mas tem que ter discussão sobre isso. Problema 2: se vai fazer para 2022, tem que preparar o Censo. Uma das medidas preliminares é atualizar um cadastro de endereços. Isso não foi feito no ano passado. Há uma série de questões que preocupam. O Ministério da Economia se omitiu. O IBGE está abandonado. Hierarquicamente, o IBGE está dentro do ministério, portanto, ele tem que tomar a frente desta questão, e as decisões precisam ser

Ministro admite que governo não contratou quantidade de vacinas anunciada

Em depoimento à CPI da Pandemia nesta quinta-feira (6), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, admitiu que foi divulgado um número superestimado de vacinas já contratadas contra a covid-19. Em peças de propaganda, a pasta dizia ter comprado mais de 560 milhões de doses. Ao responder a um questionamento oficial formulado pelo deputado federal Gustavo Fruet (PDT-PR), porém, o ministério informou nesta semana que o número realmente contratado era a metade disso: 280 milhões de doses. O relator da CPI da Pandemia, Renan Calheiros (MDB-AL), apontou o desencontro. Diante dos senadores, Queiroga apresentou novos números e afirmou que há 430 milhões de doses de vacinas contratadas, dado que não inclui doses da Fiocruz. — Não há um contrato entre a Fiocruz e o Ministério da Saúde. E essas doses da Fiocruz não foram ali consideradas. De tal maneira que o Ministério da Saúde já vai fazer uma retificação dessa informação que foi prestada de maneira imprecisa à Câmara dos Deputados — disse o ministro. “Juízo de valor” Questionado sobre outros temas, como o uso de cloroquina, declarações de Bolsonaro e ações de gestões anteriores, Queiroga evitou responder diretamente e alegou não poder fazer “juízo de valor”. Essa resposta foi a mais recorrente durante a reunião desta quinta-feira, iniciada pouco depois da 10h. Em relação à vacinação, contudo, o ministro foi taxativo: — A vacina contra a covid é uma resposta da ciência. A solução para a pandemia é a campanha de vacinação. Precisamos vacinar a nossa população — declarou Queiroga. Sobre a recusa do governo em assinar contrato com a Pfizer em agosto do ano passado, o ministro afirmou que não poderia falar sobre tratativas de um gestão anterior. — Eu assumi [o Ministério da Saúde] há 45 dias e esses acordos não foram firmados na minha gestão. Não tenho como precisar se houve demora, porque não participei dessas negociações — disse. Queiroga afirmou que o governo tem um contrato na iminência de ser assinado para aquisição de 100 milhões de doses de vacinas da Pfizer, sendo que 35 milhões devem chegar em setembro. Eduardo Braga (MDB-AM) cobrou um cronograma definitivo da vacinação no país. “Já ouvimos inúmeras previsões não correspondidas”, ressaltou o senador. Convocado na condição de testemunha, o ministro também argumentou que as críticas de Bolsonaro sobre as vacinas não tiveram impacto na campanha de imunização. — Eu penso que [as críticas do presidente] não têm impacto na campanha de vacinação. Pesquisas mostram que mais de 85% da população brasileira quer a vacinação. Fazer juízo de valor acerca do que o presidente fala não é uma competência do ministro da Saúde. Queiroga fez esse comentário em resposta a Renan Calheiros, que lembrou de episódio em que Bolsonaro disse que o laboratório não se responsabilizaria caso alguém se transformasse “em jacaré”. Em resposta a questionamentos dos senadores Marcos Rogério (DEM-RO) e Rogério Carvalho (PT-SE) sobre a possibilidade de quebra da patente de vacinas, o ministro afirmou ser contra essa proposta — que, segundo ele, pode prejudicar o programa de imunização. Na avaliação de Queiroga, o Brasil não conseguiria produzir vacinas da Pfizer e da Janssen. Ciro Nogueira (PP-PI) contestou a afirmação Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde, de que o Brasil poderia ter começado a vacinação contra a covid-19 em novembro do ano passado. O senador lembrou que a primeira aplicação no mundo ocorreu em dezembro. — Uma declaração que, no meu ponto de vista, não sei se é absurda, mentirosa, criminosa. Acho que a mais correta é: desleal — declarou Ciro Nogueira. Imunidade de rebanho Questionado pelo vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), sobre a estratégia de tentar atingir a chamada “imunidade de rebanho”, Queiroga disse que o Ministério da Saúde defende a vacinação em massa como forma de imunização. — Eu apoio a vacinação. Vacinação na população é a conduta do Ministério da Saúde — respondeu. Durante a reunião, Humberto Costa (PT-PE) disse que a CPI precisa ouvir o vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida Filho, que afirmou em entrevista que o governador Wilson Lima e o presidente Jair Bolsonaro transformaram Manaus em um laboratório gerador de nova cepa de covid-19. Segundo o senador, se confirmada a informação, estará provado que houve uma atitude criminosa do presidente. —  A estratégia de imunidade natural ou imunidade de rebanho [sem vacinação] caracteriza crime com dolo eventual. Arriscou-se a provocar a tragédia que estamos vivendo hoje — disse Humberto. China Tasso Jereissati (PSDB-CE) apresentou requerimento para ouvir os representantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para explicar a insinuação de Jair Bolsonaro, feita durante evento realizado ontem no Palácio do Planalto, de que a China teria promovido “guerra química”. Para o senador, trata-se de uma das declarações “mais graves” que um presidente poderia fazer e, que se for falsa, representa “um verdadeiro boicote na compra de vacinas da China”, principal fornecedor de imunizantes ao Brasil. — Se a China está iniciando uma guerra não só contra o Brasil, mas contra o mundo inteiro, a fim de dominar o mundo, e os militares têm conhecimento disso, a agência de inteligência tem conhecimento disso, é gravíssimo. Mas, se não for, o estrago nas relações comerciais brasileiras vai ser gigantesco — avaliou Tasso. Ao ser questionado sobre se a declaração é um “desserviço” ao esforço para conseguir insumos para vacinas, Queiroga ressaltou que não houve uma menção direta à China e afirmou que “a relação com o embaixador chinês é muito boa”. — Eu espero que essas questões das relações entre Brasil e China continuem de maneira positiva e nós não tenhamos impacto — disse Queiroga ao defender pragmatismo nas relações internacionais. Fonte: Agência Senado

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