Advogado Osvir Thomaz entra na disputa por vaga no TCE

O advogado Osvir Thomaz entrou na disputa cada vez mais estreita para a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), com votação prevista para a próxima terça-feira (23).

Hoje, o único postulante que não é deputado, Thomaz afirmou que já conseguiu assinaturas de apoiamento de alguns parlamentares da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Nesta disputa, a longa carreira como servidor público e a sensibilidade às dores dos prefeitos são suas principais bandeiras.

“A experiência carregada ao longo da administração pública me fez perceber que um caminho que eu pudesse contribuir mais com a administração pública fosse o caminho da Corte de Contas e por isso eu busquei trilhar um caminho de preparação ao longo da minha trajetória, tanto preparação da atividade prática, mas também a preparação acadêmica (…) 

Eu me coloco como candidato técnico, mas conhecendo as dores do gestor público, conhecendo o lado de lá do balcão”, explicou o advogado em entrevista à reportagem da Folha de Pernambuco.

Thomaz acredita que o contexto da disputa pela vaga do TCE-PE pode ser, para ele, uma oportunidade. Neste primeiro semestre, dois assentos ficaram disponíveis no conselho do Tribunal de Contas de Pernambuco. O primeiro foi ocupado oficialmente por Eduardo Porto na última quarta-feira (17), que foi candidato único. O segundo pertencia à ex-conselheira Teresa Duere, que despediu-se do TCE-PE no mesmo dia da posse de Porto.

Sobre o afunilamento da corrida para pegar a última vaga, Thomaz defende um páreo livre de interesses pessoais e focado no interesse público. Ele acredita que a polarização política deve ser combatida e pede por uma terceira via, mesmo que não seja ele o representante.

O advogado tocou ainda em um ponto de interesse dos prefeitos. Para ele, a Corte de Contas precisa estar sensível aos prefeitos na hora de conduzir trâmites que podem afetar à honra dos gestores. O assunto foi abordado na Assembleia durante a votação de Eduardo Porto. Os deputados João Paulo Lima (PT) e Débora Almeida (PSDB), que foram gestores do Recife e do município de São Bento do Una, respectivamente, mencionaram o cuidado com as carreiras políticas e reputações que podem ser prejudicadas.

“Todas as ações do Tribunal de Contas têm reflexo na vida política do gestor público, de modo que alguns ficam apavorados por essa demonização. Julgar as contas sempre com um olhar de que a gente não tá ali pra fazer condenações. Com imparcialidade”, disse. Thomaz também pediu cautela da mídia nas coberturas sobre o tema.