Na sequência dos entrevistados dos 100 dias de gestão, a Rádio Maranata recebeu, nessa sexta-feira (16), o prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Keko do Armazém (PL). A entrevista foi conduzida pelos jornalistas Wanderson Medeiros e Wanda Nascimento. O jornalista Jorge Lemos, editor do blog também participou da bancada de entrevistadores. O prefeito falou de suas ações de 100 dias de governo e disse que não teve a proporção desejada no planejamento da gestão por conta da pandemia e também de como encontrou a prefeitura. “Recebemos uma prefeitura castigada. Parece que foi montada para dar errado em seis meses”, denunciou Keko.
O prefeito disse ainda que encontrou a cidade numa situação financeira difícil. “Tivemos que pedir ajuda ao Ministério Público durante a transição, porque os dados não batiam com a realidade”, revelou o gestor.
Keko também revelou que no final da gestão de Lula Cabral (PSB) foi pago um contrato de quase R$ 6 milhões a um escritório de advocacia que defende o processo dos royalties. Segundo o prefeito, esse contrato já tinha sido suspenso pelo TCE, mas que houve um acordo para pagamento.
O gestor cabense falou durante a entrevista na Maranata que na saúde todos os convênios estavam cancelados. “Ficou R$22 mil na conta de custeio, ou seja, totalmente sem recurso, faltando máscaras neste período tão difícil, faltando luvas e todas as unidades de saúde com a maior falta de medicamentos que a cidade já viu”, bateu, o prefeito reforçando que disponibilizou R$2,5 milhões para compra de medicamentos e que já está conseguindo diminuir esse problema.
No balanço de 100 dias, Keko também denunciou que a secretaria de finanças atuou até 22h do dia 30 de dezembro de 2020 realizando pagamentos. ”A gente encontrou diversas empresas com dificuldades e com valores a receber, que nem empenhados foram. Infelizmente uma situação muito crítica”, concluiu o prefeito.
Foto: Léo Domingos
