O presidente do Haiti, Jovenel Moise, 53 anos, foi assassinado em um ataque à residência oficial, na capital Porto Príncipe, na madrugada desta quarta-feira (07). A primeira-dama, Martine Moise, também foi baleada e está internada. O estado de saúde dela ainda não foi divulgado.
Claude Joseph, primeiro-ministro do país, informou em um comunicado que “um grupo de indivíduos não identificados, alguns dos quais falavam em espanhol, atacou a residência privada do presidente da República” por volta da 1h e “feriu mortalmente o Chefe de Estado”. Classificou o ato como “odioso, desumano e bárbaro”.
Joseph pediu à população “que se acalme” e afirmou que “a situação da segurança no país está sob o controle da Polícia Nacional haitiana e das Forças Armadas do Haiti”. “Todas as medidas estão sendo tomadas para garantir a continuidade do Estado e proteger a nação”, disse.
O Haiti é a nação mais pobre das Américas e tem um longo histórico de ditaduras e golpes de Estado. O país de 11,4 milhões de habitantes faz fronteira com a República Dominicana em uma ilha no Caribe e tem um dos menores IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano) do mundo: 0,51.
Atualmente, o país atravessa um momento de grande instabilidade social e política, que inclui o aumento da violência entre os grupos armados. Além disso, enfrenta dificuldade no controle contra a covid-19. A população ainda aguarda a chegada da 1ª dose de vacina anticovid.
Jovenel Moise
Nascido em 26 de junho de 1968, em Troudu-Nord, no Haiti, assumiu o cargo de presidente do país em 2017, após eleições gerais de novembro de 2016. Foi assassinado depois de anos de protestos contra seu governo.
