Por Nely Brandão
Olá, vamos falar hoje sobre Gestão Pública Criativa, levantei o conceito esta semana quando abordei uma nova forma para minimizar os efeitos do racionamento de água, que pode ser desenvolvida pelo Poder Público Municipal, utilizando os créditos de dívida ativa e não os recursos arrecadados. Um caminho diferente para atender a população sem comprometer as finanças municipais, afinal a crise sempre ativa o modo criativo, não é mesmo? E neste caso temos dois fatores: a falta de água nas torneiras e a pandemia causada pelo COVID-19.
Mas o que seria Gestão Pública criativa?
É desenvolver soluções que buscam novas formas de executar política pública, com base na otimização de processos, equilíbrio financeiro e claro o atendimento das necessidades da população.
Segundo o princípio da legalidade na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza. A Lei autoriza o poder público a inovar, desburocratizar e principalmente entrar na era digital. A gestão criativa é alcançada por gestores que despertam em seus colaboradores a vontade de fazer política pública sempre da melhor forma, com equilíbrio entre experiência e inovação. Para isso é necessário que no planejamento das ações sejam analisadas visões diferentes, já que trabalhar com iguais tende a levar para mesmice, acredito que o maior desafio seja a ruptura da rotina, pois os costumes fazem com que o óbvio das decisões só comecem pelo modo como já se faz e não por uma múltipla opção de caminhos para a tomada de decisão.
Vamos refletir na frase do norte-americano Alvin Toffler: “O analfabeto do século 21 não será aquele que não consegue ler e escrever, mas aquele que não consegue aprender, desaprender e reaprender”. Acrescento que para a gestão pública devemos aplicar a inovação, buscando o princípio da eficiência sem esquecer do princípio da legalidade.
Chegou a hora de ativar o modo “ON” para a gestão pública ser mais flexível e aberta, buscando ideias com novas perspectivas, modernizando a formulação e execução das políticas públicas municipais, rompendo o atual modelo burocrático e patrimonialista.
Nely Brandão é advogada e especialista em Gestão Pública. Escreve sobre Gestão Púbica toda quarta-feira.
