Candidatura de Daniel Alves favorece o governo ou a oposição?

Edição de terça-feira, 03 de outubro de 2023

Por Jorge Lemos

O ex- vereador de Jaboatão dos Guararapes, Daniel Alves, anunciará nos próximos dias sua saída do PV para disputar a Prefeitura. Seu atual partido faz parte da federação com o PT e o PCdoB que já escolheu o ex- prefeito, Elias Gomes (PT) como pré candidato do conjunto. A possível candidatura de Daniel divide a oposição, que tem construído uma frente ampla com os partidos de esquerda.

Daniel ainda não disse qual o caminho vai trilhar, mas a divisão favorece a base governista que já vem trabalhando fortemente nos bastidores e que tem interesse na pré candidatura do ex-vereador para tirar o discurso de unidade. Há quem diga que Daniel Alves está de namoro com o Avante, presidido no Estado pelo ex-deputado, Sebastião Oliveira.

Só o tempo é que vai mostrar se a estratégia de Daniel está correta ou não. Ele agora terá um grande desafio de montar uma chapa proporcional e colocar o time na rua.

Troca troca- Em 7 anos, o ex- vereador, Daniel Alves já mudou de partido 5 vezes. Disputou a eleição para vereador em 2016 pelo PSD. Depois de eleito, foi para o PCdoB, onde disputou uma vaga de deputado estadual. Em 2020, disputou a Prefeitura de Jaboatão pelo MDB. Em 2022, foi candidato a deputado estadual pelo PV e agora poderá disputar a prefeitura novamente por outro partido.

Com o pé na rua- O ex-deputado, João Fernando Coutinho (PSB) tem intensificado sua agenda em Água Preta com o objetivo de tirar a prefeitura dos Magalhães. O atual prefeito Noé Magalhães está preso no Cotel e João tem andado e construído seu nome para disputar o executivo em 2024.

Atraso – Ainda não saiu do papel o programa estadual de Segurança e Defesa Social que fará parte do Juntos pela Segurança e estava previsto para ser apresentado no dia 28 de setembro. O Governo de Pernambuco não se pronunciou dos motivos que levaram ao atraso.

É culpa da crise- Têm prefeitos em Pernambuco que não gostam de pagar aos seus fornecedores e jogam a culpa na crise financeira que os municípios estão passando. A verdade é que esses municípios estão gastando mais do que arrecadam e não fazem planejamento das ações governamentais. Muitos deles estão com a folha de pessoal estourada, acima do limite de responsabilidade fiscal.