Ação de Eduardo Bolsonaro nas redes chega á CPI

Foram entregues à CPI da Covid documentos que apontam a ação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) em páginas de ataques a adversários do governo. Os dados são parte do processo dos deputados federais Joice Hasselman (PSL-SP), Junior Bozzela (PSL-S) e Julian Lemos (PSL-PB) e estão no acervo da CPMI das Fake News.

São listados nomes de pessoas que operaram páginas, perfis ou grupos de mensagens que defendem o governo e publicam contra adversários do presidente Jair Bolsonaro. Até agora, os nomes dessas pessoas citadas no processo, que está sob sigilo, não haviam sido divulgados. Entre os nomes, estão o de Eduardo Bolsonaro, deputado e filho de Jair Bolsonaro; Eduardo Guimarães, assessor de Eduardo Bolsonaro; Alexandre Magno Conceição, assessor de Eduardo Bolsonaro; Eduardo dos Santos Martins, assessor de Douglas Garcia (PTB-SP) e e Rinaldo Escudeiro, militante bolsonarista.

Os três deputados que abriram o processo diziam ser alvo de ataques coordenados. Eles suspeitavam do uso de dinheiro público. Em um dos processos, a defesa mostra uma lista de publicações feitas no horário de trabalho por assessores do deputado estadual paulista Douglas Garcia (PSL).

“Os documentos apresentados pela Vivo demonstram as ofensas organizadas pelo réu Douglas Garcia mediante a utilização dos seus servidores do gabinete, pagos com dinheiro público“, diz trecho do processo.

A atividade de Eduardo Bolsonaro foi revelada em quebra de sigilo da Claro.

Os documentos foram entregues pelo deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) a Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, na quinta-feira dia 01 de julho. Frota afirma que as pessoas identificadas no processo estariam usando o mesmo sistema para atacar a CPI da Covid. “É a mesma operação que a gente identificou no passado. Continuam usando esse expediente da intimidação para tentar calar quem é crítico”, disse o deputado. Segundo ele, há e-mails e mensagens de aplicativos no material mostrando as ações do grupo.

Por ora, a CPI não deve dar muita atenção a esse assunto, pois o foco está em torno dos contratos de compras de vacinas. Em um segundo momento, os dados devem voltar para as investigações.

A assessoria de imprensa do deputado federal Eduardo Bolsonaro foi procurada, mas não se posicionou. A assessoria de Douglas Garcia disse não haver correlação entre as duas investigações. “Acontecimentos são distintos e tiveram ocorrência em períodos diferentes“, disse.

Com informações do Poder 360