O prefeito do Recife, João Campos (PSB), se reuniu recentemente com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em São Paulo. O encontro sinaliza mais um passo em direção a formação de uma aliança entre PT e PSB para as eleições de 2022. O prefeito do Recife, porém, afirma que alianças eleitorais serão discutidas apenas no próximo ano.
Em entrevistas recentes, o socialista afastava declarar apoio a Lula e defendia uma alternativa para quebrar a polarização entre o petista e o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Após o encontro, o gestor defendeu o diálogo do campo progressista e a formação de uma frente ampla contra o bolsonarismo. Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, João Campos teria dito que não seria um obstáculo para a formação da aliança nacional entre as legendas e teria saído abraçado do encontro com o petista – que era muito ligado ao pai do prefeito do Recife, o ex-governador Eduardo Campos.
“Conversei em São Paulo com o ex-presidente Lula sobre como as forças democráticas podem atuar para derrotar Bolsonaro, nas eleições do ano que vem. Defendi novamente a composição de uma frente ampla, que apresente um projeto com ideias bem estruturadas para o país”, afirmou João Campos, no Twitter.
Sobre a consolidação de uma aliança entre PT e PSB, João Campos despistou na postagem e disse apenas que a estratégia somente será fechada em 2022. “O importante, na fase atual, é pensar caminhos para a educação, construir alternativas para o desenvolvimento regional, maneiras de combater a desigualdade, sobretudo como ampliar a geração de oportunidades para o nosso povo. Alianças eleitorais devem ser discutidas só em 2022”, concluiu.
Além das questões nacionais, também foi discutida a sucessão de Paulo Câmara no governo do estado de Pernambuco. O governador esteve neste mês em Brasília para se encontrar com Lula. No encontro, conversou com a liderança para costurar uma aliança e até uma possível chapa para 2022.
Nos bastidores do encontro, a informação é que Humberto Costa e um grupo do PT trabalham com a possibilidade de uma candidatura aliada, sendo possível uma cabeça de chapa composta pelo PT. Dessa forma, Paulo Câmara seria o candidato ao Senado ou até o vice de Lula. Outra possibilidade é o PT indicar candidatura de senador na chapa do PSB. Como possíveis candidatos ao Governo, o partido tem em mente o nome de Marília Arraes e Humberto Costa. Esses cenários são resultados de especulações.