Por meio de uma lei publicada neste fim de semana no Diário Oficial, a jornalista, poetisa e ativista política Wilma Lessa, falecida em 2004, foi declarada patrona do Feminismo Pernambucano. A iniciativa foi originada de um Projeto de Lei do deputado estadual Professor Paulo Dutra (PSB).
A lei nº 17.451 ratifica o nome de Wilma Lessa, já celebrado entre as pessoas que militam em defesa dos direitos das mulheres, por ter coordenado o Grupo Viva Mulher, ter sido uma das fundadoras do Fórum de Mulheres de Pernambuco, e ter tido uma atuação fundamental no processo de exigência e instalação das Delegacias Especializadas da Mulher no estado na década de 1980. Por toda essa história, Wilma Lessa dá nome ao Serviço de Apoio à Mulher, que funciona no Hospital Agamenon Magalhães para atendimento das mulheres vítimas de violência, e ainda ao Núcleo de Estudos de Gênero e de Enfrentamento da Violência contra a Mulher da Escola de Referência em Ensino Médio Silva Jardim, no Recife.
De acordo com o deputado Professor Paulo Dutra, o nome de Wilma Lessa foi escolhido após conversas com militantes feministas que confirmaram a importância da jornalista para o movimento em Pernambuco. “Acreditamos que o nome de Wilma Lessa é um dos mais credenciados a receber este título. Sua vida foi completamente dedicada ao enfrentamento da violência contra a mulher, à promoção e efetivação dos direitos das mulheres e dos direitos humanos e ainda pela construção de uma sociedade onde todas e todos pudessem viver de forma justa e igualitária. Após conversas com pessoas que estão imersas no movimento feminista, como a primeira secretária da mulher de Pernambuco, dra. Cristina Buarque, ficou ainda mais evidente que precisávamos dar a Wilma Lessa este título”, disse Dutra.
“Que seu legado possa servir de exemplo e inspirar a mulheres e homens a lutarem em conjunto, cada vez mais intensamente, para que tenhamos verdadeiramente a igualdade de direitos e de oportunidades em todos os espaços da sociedade”, concluiu.
Wilma Lessa nasceu em São Paulo, mas viveu em Pernambuco entre a década de 1970 e o ano de 2004, quando foi encontrada sem vida no seu apartamento localizado no bairro de Jardim Atlântico, em Olinda. Se estivesse viva, completaria 70 anos no dia 9 de junho do próximo ano.