Nesta segunda-feira (13), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu reformas no Sistema Único de Saúde e criticou reajustes de preços feitos por planos de saúde privados durante a pandemia da Covid-19 no Brasil. As declarações foram ditas durante evento na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).
“Nós precisamos reformar o Sistema Único de Saúde. É claro que nós temos uma reforma tributária a ser analisada pelo Congresso Nacional, nós temos um ambiente político muito exigente, com muita divergência, redes sociais muito inflamadas”, afirmou, acrescentando que é necessário realizar mudanças nos modelos do SUS com melhor eficiência da alocação dos recursos.
Queiroga comentou sobre saúde suplementar, ao mesmo tempo que disse que não tem interesse em controlar preços, criticou a concentração no setor e a regra que permite à Agência Nacional de Saúde Suplementar regular os reajustes de planos de saúde, mas não os de planos individuais.
“Não é função do Ministério da Saúde intervir em política de preço, deixo bem claro aqui para não dizerem que estou querendo controlar preço da saúde suplementar, não quero e não é minha função, mas também não podemos achar que é normal determinadas seguradoras num contexto pandêmico querendo reajustrar plano de saúde em 30%”, criticou.
No evento, Queiroga também criticou judicializações e pediu que Estados e municípios sigam o PNI (Programa Nacional de Imunização). “A diminuição dos números da pandemia é resultado de esforço conjunto entre a União, Estados e municípios“, afirmou.