Polícia Civil do DF vai investigar lesões sofridas por Joice Hasselmann

A Polícia Civil do Distrito Federal vai investigar as lesões sofridas pela deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP). A parlamentar afirma ter acordado com o rosto cheio de fraturas e hematomas, sem lembrar do que aconteceu em seu apartamento na Asa Norte, no domingo (18/7). Joice prestou depoimento na Polícia Legislativa e no Ministério Público Federal.

O exame de corpo de delito, previsto para esta segunda-feira (26), será realizado pela Polícia Civil e  pode colaborar para entender a origem das lesões e determinar se elas ocorreram por queda, agressão ou qualquer outro tipo de trauma. A parlamentar apresenta cinco fraturas no rosto, uma na costela e uma lesão superficial na parte se trás da cabeça.

O médico Daniel França, marido da deputada federal, está sendo alvo de suspeitas de que ele teria agredido a esposa e decidiu se pronunciar. Em coletiva de imprensa neste domingo (25), ao lado da mulher, ele afirmou que está colaborando com as investigações da Polícia Legislativa.

“Eu nunca agredi ninguém. Em nenhum momento da minha vida. (…) Fui espontaneamente à polícia prestar depoimento, me coloquei inteiramente à disposição de absolutamente tudo”, disse França.

Os dois moram juntos, mas França dorme em outro quarto e estava dormindo quando o fato aconteceu. Ela diz que estava vendo TV com o marido quando resolveram ir dormir – em quartos separados. No dia seguinte, ela já acordou ferida. Precisou ligar para Daniel vir de outro cômodo ajudá-la.

Quando questionados sobre a demora para registrar uma ocorrência sobre o caso, o que só ocorreu na quinta, o casal afirmou que imaginaram se tratar de um acidente doméstico e ela recebeu os primeiros socorros em casa, pelo próprio marido. “Até quarta de manhã, eu tinha achado que tinha tomado um tombo […] mas foram aparecendo hematomas em lugares que não tinha aparecido”, contou a deputada.

A parlamentar explica que a suspeita de agressão se deu após exames, realizados na terça-feira (20), com resultados no dia seguinte. “Nós nos assustamos pelo volume de fraturas. Ele [médico] falou: pode ter sido uma queda, mas você teria que ter batido em mais de um lugar, ou pode ser uma agressão. A partir daí, sim, procuramos as autoridades”, disse.

Joice afirma ter apresentado o nome de dois suspeitos para a polícia – um deles, parlamentar – e desconfia que, há três meses, sua casa pode ter sido invadida. Na ocasião, em que ficou ausente por 10 dias do imóvel, um prédio funcional para parlamentares, encontraram uma carteira de cigarro dentro da casa, que não tem fumantes, segundo o casal.

“Eu tenho uma suspeita e eu passei para a Depol o nome de uma pessoa, um grande desafeto político que tem acesso a esse bloco de maneira muito fácil. Eu passei dois nomes, na verdade”, afirmou.

Joice afirma que solicitou o compartilhamento da investigação com a Polícia Civil de São Paulo, que apura ocorrências de ameaças de morte contra ela.

Em nota, o departamento afirma que “está ouvindo pessoas e analisando imagens do circuito fechado de TV do prédio em que a deputada reside”. Segundo o texto, as apurações têm caráter sigiloso e foram iniciadas imediatamente após a comunicação do fato. A segurança da deputada foi reforçada.

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