Na próxima terça-feira (27), às 09h, está marcada uma reunião do SINPOL-PE com o Governo do Estado para tratar de alguns assuntos, entre eles a Campanha Salarial 2021/2022, pauta já apresentada ao Governo. Logo em seguida, às 12h haverá uma assembleia com a categoria, na sede do sindicato, onde será repassado e discutido com os Policiais Civis o que foi tratado na reunião com a Administração.
Na ocasião será lançada a Operação Policia Cidadã e os Policiais Civis receberão kits com camisa e manual de procedimentos. Logo cedo haverá um Café da Manhã, às 8h, além de um mutirão, durante todo o dia, com os Policiais Civis que estiverem presentes indo doar de sangue no Hemope. Haverá também arrecadação de alimentos para as famílias carentes.
De acordo com os dados da Secretaria de Defesa Social (SDS), levantados durante a pandemia, mesmo com o 22º pior salário do país, os Policias Civis pernambucanos conseguiram reduzir os índices de homicídios e roubos para 14,4% (menor número dos últimos 8 anos), aumentar para 43% as prisões realizadas e, também, aumentar para 47% o número de apreensões de armas.
O Presidente do SINPOL-PE, Rafael Cavalcanti, destaca que existe uma relação desrespeitosa de falta de reconhecimento e de valorização funcional e salarial dentro da Polícia Civil de Pernambuco.
“Somos uma instituição em que o Policial Civil não tem condições estruturais mínimas para exercer o seu trabalho. Agora mesmo, na Pandemia, perdemos mais de 100 Policiais Civis para a Covid-19, no período de março do ano passado até o momento, infinitamente mais do que perdemos para a criminalidade. Não tivemos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), nem tampouco um espaço adequado para respeitar o distanciamento social mínimo no atendimento à população e às ocorrências, pois a estrutura das delegacias já não prestava antes da pandemia e com a chegada dela a situação só piorou.
Além de tudo isso, não temos o mínimo de dignidade funcional e salarial. Somos nós que “carregamos o piano” na Polícia e que fazemos a engrenagem funcionar, já que não existe investigação nem resolução de inquérito sem o trabalho realizado pelos agentes, comissários, escrivães e demais cargos da base da Polícia Civil. Essa situação não pode perdurar. Não temos mais como atender a sociedade pernambucana dessa forma”, desabafou Rafael.
Confira a pauta aprovada pela categoria:
PAUTA FUNCIONAL:
- Legalização imediata das atribuições hoje já realizadas na prática pela base da Polícia Civil;
- Lei Orgânica Estadual da Polícia Civil, nos moldes do projeto nacional da Cobrapol;
- Unificação de cargos, com exceção dos Peritos Papiloscopistas;
- Elaboração e aprovação de dispositivo legal que preveja a acumulação de cargo Policial Civil com o de profissional de saúde.
PAUTA SALARIAL:
- Alteração da forma de remuneração para Subsídio;
- Reenquadramento amplo, geral e irrestrito para todos os Policiais Civis, inclusive os que estão em estágio probatório;
- Diminuição de uma letra em cada nível no PCCV, ficando um total de 16 (dezesseis) letras, 04 (quatro) por cada nível;
- Restruturação do salário base para R$ 6.000,00 e final de carreira tendo parâmetro delegado de 2º nível (QAP-2).