Nesta terça-feira (13), o presidente Jair Bolsonaro oficializou a indicação do advogado-geral da União, André Mendonça, 48 anos, ao STF (Supremo Tribunal Federal). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) e aguarda aprovação do Senado Federal.
Bolsonaro já havia confirmado a escolha, nesta segunda-feira (12), depois de se reunir com o presidente do STF, Luiz Fux. Pela manhã, o chefe do Executivo se reuniu com Mendonça no Palácio do Planalto.
O presidente afirmou no dia 7 de julho que Mendonça era a “pessoa ideal” para a vaga no STF por ter “notável saber jurídico” e “ser uma pessoa humilde”. Além disso, Bolsonaro já havia mencionado algumas vezes sobre sua intenção de indicar um evangélico ao cargo e que buscava um perfil amigável e com relação pessoal para o posto e Mendonça cumpre todos os requisitos.
Bolsonaro também disse que gostaria de ver as sessões do STF começando com uma oração feita por Mendonça, que é pastor.
Perfil
André Mendonça é o 3º AGU indicado para o STF. Também ocuparam o cargo, Gilmar Mendes (no governo de Fernando Henrique Cardoso) e Dias Toffoli (com Lula).
Mendonça é Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, em Brasília, e integra os quadros da AGU desde 2000. Natural de Santos (SP), ele é doutor e mestre em direito pela Universidade de Salamanca, na Espanha, e graduado em direito pela ITE (Instituição Toledo de Ensino), atual Centro Universitário de Bauru.
Apesar de seu perfil evangélico ser uma das características buscadas por Bolsonaro, ele afirma que não coloca sua fé à frente de suas decisões. Durante julgamento no STF sobre liberação de cultos na pandemia, o atual AGU citou passagens bíblicas e disse que “sem vida em comunidade não há cristianismo”. Também é a favor de isentar igrejas do pagamento de impostos.
Durante quase um ano, Mendonça foi o ministro da Justiça, depois da saída do ex-juiz Sérgio Moro. Em sua gestão, o ministério manteve um relatório sobre opositores do governo Bolsonaro.
Mendonça voltou ao comando da AGU em abril deste ano. Ele foi indicado como advogado-geral da União por Bolsonaro antes, em 2019.
Durante o período em que fez parte da AGU, Mendonça trabalhou no combate à corrupção e teve atuação em áreas econômicas, como em leilões de infraestrutura e no departamento de patrimônio e probidade. Em sua trajetória, também teve passagem pela CGU (Controladora Geral da União), onde foi assessor do ministro Wagner Rosário.
Com informações do Poder 360