Prefeitura propõe reajuste bem abaixo do piso e professores de Belo Jardim farão greve de advertência

Professores da rede municipal de Belo Jardim, no Agreste, decidiram fazer greve de advertência após a Prefeitura oferecer apenas 8% de reajuste, percentual bem abaixo dos 14,95% que é o total estabelecido legalmente para a elevação do piso da categoria. A paralisação acontece nos dias 19, 20 e 21 deste mês – entre segunda e quarta-feira da próxima semana.

A decisão foi tomada após reunião, ocorrida nesta quinta-feira (15), em que a Diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Belo Jardim (Sismujeba) e a Comissão de Negociação da Prefeitura se reunirem para tratar do reajuste.

O prefeito não compareceu ao encontro. A reunião foi conduzida pela secretária de Educação e, após muita insistência da categoria, o secretário de Gestão marcou presença na mesa de negociação. Porém, o reajuste oferecido pelo prefeito através dos seus representantes, de apenas 8% decretou a violação do direito, inclusive no que se refere à retroatividade. Isso tudo mesmo com a gestão municipal afirmando que o dinheiro não seria um problema, uma vez que os recursos existem.

Encerrada a reunião, os servidores se encontraram na sede do sindicato para deliberar sobre a proposta e a falta de abertura para a negociação por parte da Prefeitura. Ainda em assembleia, a gestão municipal fez nova oferta, acrescentando mais 1%, elevando para 9%, ainda sem o retroativo, e estipulando julho e outubro como os meses para o pagamento. Ou seja, tornou a proposta cada vez mais injusta para os servidores.

Por unanimidade, a categoria rejeitou proposta e decidiu pela paralisia de advertência. Também resolveu enviar contraproposta de 12%, dos quais os 8% já oferecidos seriam pagos em julho e os 4% restantes no mês de dezembro, incluindo, ainda, o retroativo correspondente aos meses anteriores que são direito, pois o reajuste deveria ter sido concedido desde janeiro.

Caso a mobilização da próxima semana não dê resultado, à categoria fará nova assembleia para decidir se entra ou não em greve.