A deputada Teresa Leitão (PT) levou para a reunião plenária da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nesta quinta-feira (13), um apelo sobre a situação dos trabalhadores em educação. Sem vacina e se vendo diante da determinação do governo de Pernambuco para retomar as aulas presenciais, a categoria entrou em greve. O movimento, porém, foi judicializado, o sindicato instado a pagar ao governo multa de R$ 200 mil por dia, mas os trabalhadores em educação seguem lutando por vacina no braço para salvar vidas.
“É uma greve que teve uma conduta muito estranha por parte do governo. A greve foi decretada numa quinta-feira para ser deflagrada na segunda. No sábado, já estava judicializada”, explicou Teresa, que pediu ainda para que as negociações entre o governo e os trabalhadores em educação sejam retomadas.
Teresa encaminhou, na quarta-feira (12), um ofício ao governador Paulo Câmara (PSB), solicitando essa reabertura das negociações. A secretaria de Administração encaminhou um ofício suspendendo e a secretaria de Educação se mostrou mais aberta ao diálogo, segundo a deputada.
“Por isso estou trazendo a questão à tribuna desta casa para que o presidente Eriberto Medeiros (PP), o presidente da comissão de Educação, deputado Romário Dias (PSD), possam se somar institucionalmente a esse meu pedido. Sem negociação, sem um processo de debate, sem um consenso, dificilmente nós teremos um bom termo a essa greve que está judicializada”, disse.
A greve dos trabalhadores em educação é uma greve pela vida, uma vez que é contra a volta das aulas presenciais em um momento em que a pandemia não está controlada.
“Ninguém quer deixar de trabalhar, ninguém quer deixar de dar aulas. Quer se continuar com o trabalho remoto, como vem sendo feito, muito reconhecido pelo governo, uma prova disso é o processo de licitação dos notebooks para melhorar, inclusive, as condições de os professores darem essas aulas remotas. Então, o apelo que faço é para que, diante dessa situação, as negociações sejam reabertas”, disse.
A deputada reforçou ainda que os professores querem vacina no braço. “Se a gente chegar a um denominador comum em relação a questão da vacina dos trabalhadores em educação, certamente nós poderemos ter um desfecho negociado e consensual para que as aulas continuem a ser dadas, executadas com todo esforço, com todo sacrifício que a gente sabe que existem, mas que estão cumprindo o seu papel. Serem dadas de forma remota. Aulas presenciais só quando a gente tiver a devida segurança sanitária porque a escola é um lugar de vida e a gente não pode negar isto”, completou.