Coluna de Olho na Política
Quarta-feira – 12 de maio de 2021
Por Jorge Lemos
Na nossa primeira coluna de Olho na Política, publicada em 27 de abril, falamos que o Palácio do Campo das Princesas estava numa operação para evitar a saída da deputada estadual, Gleide Ângelo do PSB. A delegada estava com um pé no PP e daria uma baixa grande na votação da chapa do Partido Socialista Brasileiro. Ontem, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, anunciou a delegada da Polícia Civil, Ana Elisa Fernandes Sobreira Gadelha como a nova secretária da Mulher do Estado, substituindo a médica e militante feminista, Silvia Cordeiro. Ana Elisa foi indicada pela Delegada Gleide Ângelo e já atuou no Departamento da Mulher da Polícia Civil no Estado.
Comenta-se nos bastidores que o governador estava insatisfeito com os números da violência contra mulher no Estado, principalmente os casos de feminicidio. Nas reuniões do Pacto Pela Vida existia uma briga entre a Secretaria da Mulher e a Secretaria de Defesa Social. O governador aproveitou a insatisfação para resolver o caso Gleide Ângelo que se queixava nos quatro cantos, a falta de espaço no governo estadual pelo fato de ter sido a mais votada nas eleições de 2018 e elegendo uma grande bancada para Assembleia Legislativa no Estado.
Oposição – O vereador de Jaboatão, Márcio do Curado (PSD), reafirmou que é oposição ao prefeito Anderson Ferreira (PL). O parlamentar está iniciando a formação da bancada de oposição na Casa de Vidal de Negreiros. Os vereadores da base governista estão insatisfeitos com a forma que estão sendo tratados pelo governo Anderson. Segundo Márcio, o tratamento não é o mesmo que era dado durante a eleição em 2020. Outra queixa, é a grande quantidade de exonerações do povo de Jaboatão e a nomeação de pessoas de fora para reforçar a reeleição do deputado federal, André Ferreira e candidatura de Anderson ao governo de Pernambuco
Herança – A prefeita de Cortês, Fátima Borba (PRB) pegou uma verdadeira herança maldita no município. O ex-prefeito deixou a folha salarial de dezembro, décimo terceiro e o salário dos aposentados do CortêsPrev sem pagar. A prefeita está buscando alternativas para cumprir com os compromissos, já que a bronca ultrapassa R$ 2 milhões de reais, “Ainda não conseguimos pagar porque são muitos problemas, muitas despesas, mas nós estamos encontrando soluções para poder pagar os funcionários, pois eles não têm culpa, eles precisam receber seus recursos”, disse a prefeita em entrevista ontem, ao Blog do Jorge Lemos.
Não tem motivos para comemorar – O deputado Estadual, Romero Sales Filho (PTB) disse que não vê motivos para comemorar a sanção da lei que torna a igreja como essencial. “Na comissão de administração o teor da lei foi completamente alterado, tornando-a inócua. Em meio às alterações, foi inserido que o Estado fica livre para “Em situações excepcionais, devidamente fundamentadas, o Poder Executivo poderá determinar, por meio de decreto, restrições à realização presencial das atividades religiosas”, disse o parlamentar.
A Mercê – Romero Sales Filho disse ainda que no futuro breve, as igrejas estarão à mercê da benevolência do poder executivo, que de forma autocrática ordena o abre e fecha das categorias, sem quaisquer evidências científicas de seus decretos e permanece a ausência de diálogo com os entes da população.
Cautelar – O conselheiro do TCE, Marcos Loreto expediu uma Medida Cautelar suspendendo os pagamentos do Consórcio de Transportes da Região Metropolitana à empresa contratada para manutenção corretiva, preventiva e de reparos emergenciais nas estações de BRT dos corredores Norte/Sul e Leste/Oeste e Terminais Integrados de Passageiros – TI. A decisão (nº 21100318-9) abrange lotes dos contratos nº 014, nº 018 e nº 019, todos de 2020. Segundo relatório de auditoria da equipe técnica do TCE, várias incongruências foram identificadas na execução dos contratos referentes a obras nos corredores Norte/Sul e Leste/Oeste e nos Terminais Integrados de Passageiros. Os serviços estão sendo realizados em desconformidade com o que foi contratado, a exemplo de, em determinados casos, utilização de materiais de qualidade inferior ao que foi estabelecido.