Um encontro organizado com o intuito de discutir e apresentar à população os planos de mobilidade humana, urbanismo e investimentos para a construção de uma cidade mais inclusiva e sustentável, com o planejamento de ações de curto, médio e longo prazo, elaborados em parceria com o Complexo Portuário de Suape.
Assim foi a audiência pública realizada na manhã desta quarta-feira (15), no plenário da Câmara de Vereadores do Cabo de Santo Agostinho, que contou com a participação dos parlamentares, entidades da sociedade civil, autoridades constituídas e público em geral.
O encontro promovido pela Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente, foi capitaneado pelo presidente da Casa, vereador Ricardo Carneiro (Ricardinho) e pelo secretário da pasta, Alex Gomes, contando com a participação do consultor e engenheiro William Aquino e o arquiteto e urbanista e coordenador geral do projeto, Vinícius Ribeiro que detalhou os impactos da implantação do projeto na mobilidade da cidade.
“O plano de mobilidade de uma cidade é um projeto de lei, e a decisão de apresentá-lo aos que irão usufruir dele, os cidadãos, por meio do Poder Legislativo é de suma importância para oportunizar que seja uma ação com a participação de todos”, explicou o profissional.
Ainda sobre o plano de ação sugerido ao município do Cabo, Vinícius Ribeiro explicou. “A proposta aborda conceitos modernos de integração entre os meios de transporte e os pedestres, compondo diretrizes com foco na facilidade de acesso à mobilidade humana. Para isso, recolhemos as informações da pesquisa origem/destino realizada pela autoridade metropolitana e reunimos com os dados recolhidos in loco nos bairros da cidade através de reuniões comunitárias. De posse desses números, fomentamos a proposta final”, detalhou o arquiteto urbanista.
O presidente da Câmara do Cabo, vereador Ricardinho, corroborou a importância do plano de mobilidade na construção de uma cidade sem restrições aos pedestres, principalmente aqueles com algum tipo de dificuldade de locomoção.
“O Cabo de Santo Agostinho tem inúmeros problemas de mobilidade, principalmente com relação às calçadas sem manutenção, que dificultam o acesso de cadeirantes ou idosos. É preciso ter uma discussão sobre o tema, mas que não fique só no papel, e sim colocar em prática. Há dez anos, a cidade tinha cerca de 20 mil pessoas com algum tipo de deficiência ou dificuldade de locomoção. Hoje com a possibilidade da volta da Refinaria e a chegada de novos empreendimentos, a cidade precisa rever seu planejamento urbano, caso contrário, teremos problemas sérios de transporte e mobilidade”, pontuou Ricardinho.
Na audiência pública, também estiveram presentes a promotora do MPPE, do Cabo, Dra. Alice Morais, a representante do Complexo Portuário de Suape, Candida Freitas e o engenheiro de trânsito e presidente do Conselho de Transportes Municipal, Rizonaldo Silva.