‘Em Pernambuco, não se tem direito nem de nascer nem de morrer com dignidade’, diz Raquel Lyra

Em discurso neste sábado, em Caruaru, em sua festa de despedida e lançamento da pré-candidatura ao governo do Estado, Raquel Lyra abordou o caso de Porto de Galinhas de forma demorada, na esteira da crise de segurança gerada no polo de turismo de Porto de Galinhas.

Ela fazia referência a garota de seis anos que foi vítima de bala perdida e morreu.

“Fecharam o maior cartão postal do turismo de Pernambuco, mas não foi só um tiro, aconteceu bem antes. Isto não teria acontecido se Pernambuco cuidasse de outra forma do seu povo” disse a ex-prefeita, lembrando que perdeu o motorista pessoal vítima de bala perdida no Recife, há cerca de 90 dias.

Com a mãe da menina Beatriz, de Petrolina, no mesmo palanque, Raquel Lyra prosseguiu. “Ai parece fácil mandar 50 viaturas para lá, mas a vida não volta”

“O problema deste governo é colocar os problemas debaixo do tapete e não ter foco. Temos muito desemprego e muita vulnerabilidade social”

Na mesma toada, Raquel Lyra disse que, por falta de polícia científica, no Sertão, há cidades que não tem direito de fazer velório e as pessoas são encaminhadas para Petrolina.

“Vivemos em um Estado em que não se tem direito nem de nascer nem de morrer com dignidade” disse.

“A culpa não é do policial. A insegurança é falta pura e simples de um governo que esqueceu para que serve. É um governo que só serve para tirar foto e colocar na internet”, arrematou.