Em entrevista ao Blog do Jorge Lemos, Lula Cabral diz que governo Keko ainda não começou e pela primeira vez fala sobre o caso do Caboprev
Por Jorge Lemos e Beatriz Lima O ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (PSB), concedeu entrevista exclusiva, na noite desta quinta-feira (29), ao Blog do Jorge Lemos. Lula fez uma avaliação da gestão Keko do Armazém e pela primeira vez falou do caso do Caboprev, que resultou na sua prisão e afastamento da Prefeitura. O ex-prefeito também falou do seu futuro político. Jorge Lemos: O senhor passou esse período fora, não queria comentar sobre política. Aproveitando o momento, qual a avaliação que o senhor faz dos 120 dias do governo Keko do Armazém? Lula Cabral: Eu não posso fazer avaliação do governo, pois essa gestão ainda não começou. Como é que uma gestão municipal que tem ao seu lado quatro ex-prefeitos ainda não conseguiu encontrar um secretário de gestão, um superintendente de agricultura. É difícil a gente avaliar. Eu vi na entrevista que o atual prefeito disse que encontrou uma cidade sucateada e abandonada, mas o Cabo sabe que não é verdade, até o dia 31 de dezembro trabalhamos com muito carinho e respeito ao povo do Cabo. Inauguramos uma praça na Cohab, uma na Vila Social, junto a Escola Marivaldo Burégio, a Escola Eduardo Campos e deixamos todas as contas em dia, e também, R$130 milhões em caixa. Jorge Lemos – Um ponto que o outro prefeito falava é de que algumas operações foram feitas do final da sua gestão, até que a secretaria de finanças funcionou até às 22h do dia 30, e realizou um pagamento de um escritório de advocacia em relação aos Royalties do petróleo em que o Tribunal de Contas tinha orientado a não realizar esse pagamento. Esse pagamento de R$6 milhões de reais realmente foi feito? Lula Cabral: Realmente foi, agora é preciso que o prefeito saiba reconhecer o que é gestão. Houve uma determinação judicial, e determinações judiciais tem que ser cumpridas, e eu cumpri a liminar dada pela juíza do Cabo para depositar. A gente pagou até o dia 30 porque devia, e gestão quando deve tem que pagar, não pode ficar protelando. Nós pagamos os devedores até o dia 31, e a quem não conseguimos pagar, deixamos R$130 milhões em caixa para a gestão que foi eleita. Jorge Lemos: Em relação às ações de combate à covid-19, a atual gestão foi cobrada no início dessa terceira onda, e houve uma movimentação do Cabo em relação à comparação das ações realizadas na sua gestão para a atual gestão do prefeito Keko do Armazém. Ele disse que lá atrás foi feito política em cima das ações da covid-19 e agora ele faz saúde, inclusive dizendo que a sua gestão escondeu dados. Lula Cabral: Pelo contrário, enfrentamos a covid no Cabo com muita responsabilidade, no dia 15 de março reunimos todos os secretários. Colocamos em prática dois hospitais de campanha, um em Ponte dos Carvalhos e um no Cabo. Nós fomos referência no Estado de Pernambuco. Hoje, a cidade do Cabo é a cidade com mais letalidade no Estado, o número um de morte é o Cabo de Santo Agostinho. Jorge Lemos: O senhor foi prefeito do Cabo por três vezes, sempre com um índice de popularidade muito alto, um governo aprovado pela população. Qual a obra que você tem orgulho, bate no peito e quer mostrar para seus filhos, netos e dizer que foi você que construiu? Lula Cabral: Foram muitas obras importantes que fizemos na cidade do Cabo, mas poderia destacar o Hospital Infantil, que é uma referência da nossa gestão. Foi uma das primeiras obras que nós inauguramos, inclusive com a presença do ministro e do saudoso Eduardo Campos, tudo com recurso próprio. Nós pegamos um prédio abandonado e transformamos em um hospital de referência. É o primeiro Hospital Infantil da Região Metropolitana do Recife. Jorge Lemos: Falando agora um pouco da eleição de 2020. O senhor elegeu uma bancada de 12, 13 vereadores e hoje esses vereadores estão na base do governo Keko. Qual o encaminhamento que será feito ao PSB, irá cobrar fidelidade desses vereadores? Qual a relação a partir de agora? Lula Cabral: Já é uma cultura no Cabo, em Pernambuco, no Brasil. O vereador se elege e automaticamente passa a defender os governos atuais, mas é preciso respeitar o estatuto dos partidos, nós estamos voltando agora e vamos chamar os vereadores na próxima semana para ter uma conversa e saber quais são os que vão ficar. Nós somos eleitos para fazer oposição, mas democraticamente, ouvindo a sociedade e denunciando aquilo que achamos que está errado, até como forma de ajudar a gestão. Jorge Lemos – O senhor como empresário consolidado tem conhecimento em relação à economia. O atual prefeito deu uma redução dos impostos de 30% para que possa aquecer os investimentos na área do Paiva. O que o senhor tem achado dessa ação? Lula Cabral – Essa é uma reivindicação antiga, inclusive da associação dos moradores do Paiva, para que possa fortalecer-se e atrair investimentos. Todo mundo sabe que é um bairro nobre, planejado, um bairro de elite, onde foi construído um hotel cinco estrelas, infelizmente devido à pandemia fechou, também ia para lá o consulado americano, que ia atrair muitas pessoas, e a Fiat. Tudo isso colaborou para que os investimentos lá não fossem realizados, eu não vejo nada demais que seja realizado, desde que tenha aprovação da câmara. Jorge Lemos – Sobre o futuro de Lula Cabral, como está sendo essa articulação? O senhor vai participar do governo de Paulo Câmara? Lula Cabral – Eu estava em off, tive contato, apenas com assessores do gabinete do governador, mas eu me determinei e me pautei para ficar 120 dias fora do cenário político. Agora iremos conversar, ver como vai ser a sucessão, quem vai ser o candidato do governador, como se dará a composição da chapa majoritária. Eu estarei sempre à disposição do povo do Cabo. Jorge Lemos – O senhor acha que Geraldo Júlio é o melhor nome do PSB hoje? Lula Cabral – Hoje seria, eu vejo que ele tem
Reforma tributária é a prioridade da pauta, afirma Arthur Lira
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta sexta-feira (30) que a reforma tributária é prioridade na pauta. Ele destacou que o texto será entregue pelo relator, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), na próxima segunda-feira (3), e defendeu a busca de entendimento para facilitar a tramitação da proposta. “A reforma tributária é prioridade da pauta. Na segunda, receberei o relatório final. E a busca da maior facilidade na tramitação do tema será um item crucial do encaminhamento dessa questão”, disse Lira por meio de suas redes sociais. A proposta acaba com três tributos federais – IPI, PIS e Cofins. Extingue também o ICMS, que é estadual, e o ISS, municipal. Todos eles incidem sobre o consumo. No lugar deles, é criado o IBS – Imposto sobre Operações com Bens e Serviços, de competência de municípios, estados e União, além de um outro imposto, sobre bens e serviços específicos, esse de competência apenas federal. Fonte: Agência Câmara de Notícias
Plano de trabalho prevê reuniões da CPI da Pandemia três vezes por semana
A CPI da Pandemia fará reuniões às terças, quartas e quintas, disse nesta quinta-feira (29) o relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), ao apresentar seu plano de trabalho. Segundo Renan, não será necessária a aprovação do plano pela comissão, pois o documento apenas sistematiza o roteiro dos trabalhos, com referência às fases de investigação. — É evidente que esse plano de trabalho não vai limitar a investigação. A investigação é que vai indicar os limites. À medida que caminhamos, teremos as bases da investigação — declarou Renan Calheiros. Conforme disse o relator, a criação de sub-relatorias ainda não foi definida. Ele apontou, no entanto, que essa decisão cabe ao colegiado. Na opinião de Renan, a primeira semana da CPI foi produtiva, destacando a confirmação do seu nome na relatoria por parte do STF. O senador disse esperar que, ao final desses 90 dias, a comissão possa apresentar uma apuração isenta, que satisfaça os anseios do país. Renan lembrou que, mais cedo, a comissão já havia aprovado a convocação de ministros da Saúde e mais de 100 pedidos de informação. Ele ainda prometeu trabalhar com isenção. — Os próximos requerimentos a serem aprovados vão dar o balizamento do trabalho da CPI. Só deve ter preocupação quem tem sido aliado do vírus. Quem não é aliado não deve ter preocupação — alertou Renan. O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que as decisões sobre o plano de trabalho foram tomadas com base em sugestões de membros da comissão. Ele lamentou o fato de alguns dos requerimentos apresentados terem sido elaborados dentro das estruturas do governo, conforme divulgado pela imprensa. Ele prometeu trabalhar sem tumulto e disse esperar que não exista mais qualquer “ação protelatória”. — Isso nos parece uma intervenção indevida. Mas podemos assegurar algo que não admitiremos que a CPI sofra interferência externa. Uma CPI é um instrumento do Congresso, nesse caso, do Senado — disse o senador, que ainda disse confiar na fidelidade das instituições militares. Documento O plano de trabalho indica que é necessário investigar se, “somado à gravidade de um vírus potencialmente letal, o poder público agiu de maneira adequada ao propósito de minimizar perdas e proteger a população”. O documento ainda estabelece que não se pretende apontar o “ponto de chegada” da apuração, mas indicar um “ponto de partida”, uma linha inicial de investigação, “que, naturalmente, será incrementada e enriquecida pelos depoimentos, perícias, estudos e documentos oficiais que serão reunidos ao longo do trabalho dessa CPI”. As linhas gerais de investigação serão as ações de enfrentamento à pandemia, a assistência farmacêutica, as estruturas de combate à crise, as ações de prevenção e atenção à saúde indígena e o emprego de recursos federais. A CPI foi proposta com o objetivo de apurar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia da covid-19 no Brasil e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com a ausência de oxigênio para os pacientes internados. De acordo com o plano de trabalho, a CPI deve trabalhar “com respeito à memória daqueles que se foram”, que hoje ultrapassam 400 mil brasileiros. Fonte: Agência Senado
Bora almoçar fora?
Por: Sandro Prado Em tempos de pandemia de Covid-19, com mais de 400.000 mortes registradas no Brasil, toda precaução é pouca para se alimentar fora de casa. Os estabelecimentos comerciais que operam no ramo de alimentação, precisam ter cuidados redobrados com a higienização das suas instalações, máquinas e equipamentos e utilizar boas práticas nos processos de produção, processamento, estoque e distribuição de alimentos servidos aos clientes, fazerem mudanças de layout no salão para garantir o distanciamento entre as mesas e terem atenção especial com a ventilação dos ambientes. Claro que todo o zelo tomado pelos proprietários e trabalhadores de bares, restaurantes e lanchonetes de nada adiantará se, as pessoas que frequentam estes espaços, não tomarem todos os cuidados com a higiene pessoal e o distanciamento social. Somente desta forma minimizam a probabilidade de se contaminarem já que, no momento da ingestão de alimentos e bebidas, os comensais não usam máscara. Não bastasse o temor de muitos clientes em frequentar os estabelecimentos no horário do almoço, o susto maior vem na hora de dar a famosa “olhadinha no cardápio”. Os preços pipocaram! Porque os preços aumentaram se a demanda diminuiu? A explicação não se resume a um único componente, vamos a eles: os custos com a aquisição dos principais insumos que compõem o famoso Prato Feito (PF), rebatizado de Prato Executivo em alguns locais para ficar mais sofisticado, como: arroz, feijão, carne, ovo, batata frita e salada, tiveram um reajuste médio em seus preços de 23%, nos últimos 12 meses (IPC/FGV). E não para por ai! O custo com o aluguel do imóvel comercial, com reajuste anual em março de 2021, teve um incremento de 31,1% (IGPM-/FGV), a famosa inflação do aluguel está lá nas alturas e o empresário que não conseguiu uma boa negociação com o locador, entrou em uma fria! E o gás de cozinha? Como sabemos ele é essencial para o preparo dos alimentos e, só neste ano, teve 4 reajustes no preço. A dona de casa sabe muito bem do que estou falando! Para completar nossos exemplos de aumento nos custos fixos e variáveis foi aprovado no dia 29 de abril, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o reajuste de 11,89% no preço da energia elétrica para os estabelecimentos comerciais de Pernambuco, classificados na faixa de alta tensão. Não são poucos os itens que fazem com que a conta de energia dos restaurantes seja bastante onerosa. Diante de tantos aumentos nos custos de produção só resta aos proprietários repassar, ao menos uma parte destes valores, ao consumidor final. Por isto que os cardápios estão bastante modificados, sendo a principal e por vezes única alteração, o reajuste nos preços. E ai! Bora almoçar fora? Sandro Prado é economista e consultor
Brasil chega a 400 mil mortes por covid-19 em abril, conforme previsões
O Brasil ultrapassou 400 mil mortes por covid-19 na 5ª feira (29.abr.2021). Até as 18h, foram 401.186 óbitos confirmados. A 1ª vítima foi confirmada em 17 de março do ano anterior. De lá para cá, foram, em média, 983 mortes por dia. A marca de 400 mil mortes foi registrada 5 dias depois do que o previsto pelo Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde da Universidade de Washington. A projeção apontava que o Brasil atingiria o patamar no dia 24 de abril, quando seriam confirmadas 4.004 mortes em 24h, no pior cenário. O cenário mais provável segundo os especialistas apontava 3.930 óbitos na data. As projeções foram publicadas em 1° de abril de 2021. Eis um resumo dos resultados, em inglês (5,3 MB). Faltando 1 dia para o fim do mês, abril teve 79.671 óbitos. É o mês mais letal da pandemia. O país vem registrando uma escalada de letalidade a cada mês. Antes de abril, março havia atingido o pico de mortes, com 66.573 óbitos. Também em abril de 2021, o país chegou ao ápice de 4.249 mortes em 8 de abril. No dia 6, foram 4.195 vítimas registradas. A 1ª vez que o patamar ficou acima de 4.000 foi em 6 de abril (4.195 vítimas). OUTROS ESTUDOS Nem todas as projeções se concretizaram. A própria Universidade de Washington, por exemplo, estimou que o Brasil teria de 170 mil a 181 mil mortes pela covid-19 no início de janeiro deste ano. Na realidade, o país registrou 195.441 vítimas até 1º de janeiro. Os pesquisadores divulgaram a estimativa em 9 de outubro. Consideraram um cenário com distanciamento social flexibilizado e ⅔ da população usando máscaras. Em outra projeção, também da Universidade de Washington, os especialistas esperavam que o Brasil tivesse 137.500 vítimas da covid em 29 de julho de 2020. Mas o número real foi 90.134 mortes confirmadas nesta data. O Imperial College de Londres também fez projeções. A instituição traçou estimativas para 5 cenários diferentes da pandemia no Brasil. Em um delas, calculava cerca de 206 mil mortes até o final da pandemia num cenário de “supressão tardia“. Isso implicaria em testes em massa, isolamento dos casos positivos e monitoramento de pessoas próximas aos diagnosticados a partir do momento em que o Brasil atingisse 16 vítimas de covid-19 a cada milhão de habitantes por semana. A taxa atual do país é de 83 mortos por milhão por semana. Caso o país adote apenas o distanciamento social, a estimativa do Imperial College é de 627 mil vítimas até o final da crise. Os números, contudo, foram publicados em março do ano passado –no início da pandemia– e ainda não consideravam a vacinação. Paulo Lotufo, epidemiologista e professor da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), entretanto, afirma que ainda é cedo para o país sentir os efeitos da vacinação na queda de casos e mortes. “Os efeitos da vacinação são sentidos mais para frente. O componente do distanciamento social é percebido primeiro. Com essa combinação, é possível conseguir um resultado muito positivo porque o número de casos vai reduzindo e depois já existe uma parcela da população imunizada“, explica. POR QUE AS ESTIMATIVAS ERRAM? Os modelos são baseados, principalmente, nas taxas de transmissão e estimativas de infecção. Esse é um dos pontos que pode tornar as projeções imprecisas, já que o nível de testagem no Brasil é baixo e os casos são subnotificados. Nos primeiros estudos, por exemplo, o instituto da Universidade de Washington assumia que a taxa de transmissão era constante ao longo do tempo. Com a escassez de testagem, entretanto, esses dados se tornam muito variáveis. Para calcular as projeções, também são considerados diferentes cenários com base nos índices de isolamento social, vacinação e utilização de máscaras. Essas medidas, entretanto, não são implementadas de forma uniforme entre os Estados e municípios, fazendo com que os índices variem com o tempo. O vaivém das medidas de restrição também pode afetar as estimativas. Guilherme Werneck, vice-presidente da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) e professor do Instituto de Medicina Social da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) comenta que as intervenções “não seguem um parâmetro epidemiológico“. Afirma: “Essas medidas são implementadas de forma muito heterogênea no território nacional e, na maioria das vezes, por um curto período de tempo e sem uma intensidade muito forte“. Em resumo, “os dados do Brasil são muito precários e atrasados e há uma subnotificação, então fica difícil você fazer projeções de médio e longo prazo“, completa Werneck. DAQUI PARA A FRENTE Uma nova projeção da Universidade de Washington, feita em 23 de abril, mostra 638 mil mortes no Brasil, em 1º de agosto, no pior cenário. Na previsão otimista o país terá contabilizado 530 mil vítimas até a data. Já a previsão considerada mais provável pelo instituto calcula 576 mil mortes para o mesmo período. Eis a íntegra do estudo, em inglês (1 MB). O professor do Departamento de Estatística da UFF (Universidade Federal Fluminense), Márcio Watanabe, explica que a precisão das projeções depende das medidas adotadas para contenção da pandemia, como o avanço da vacinação na velocidade prevista. “Considerando o cenário do Brasil hoje, existe uma tendência de os óbitos continuarem tendo queda nas próximas semanas. A transmissão, entretanto, ainda é alta e vai continuar alta nos próximos meses. Se tivermos um relaxamento das medidas de restrição de circulação com, por exemplo, volta das aglomerações, podemos ter um novo aumento dos casos em vez de continuar na tendência de queda”, afirma. Watanabe é autor de um estudo da UFF que usa a sazonalidade para prever novas ondas da pandemia. Eis a íntegra, em inglês (854 KB). A pesquisa indica que, por meio da análise de dados da pandemia em mais de 50 países de setembro de 2020 até março de 2021, confirmam-se evidências de que a sazonalidade afeta a transmissão da covid-19. “Entre as duas últimas semanas de dezembro e as primeiras semanas de janeiro, por exemplo, a gente observa um aumento de doenças infectocontagiosas, principalmente as respiratórias. Esse tipo de padrão anual vai se repetindo e a gente consegue, de certa forma, ter uma previsibilidade”, explica. Para ele, as projeções dos cientistas foram subaproveitadas
O declínio dos nomes políticos da Assembleia de Deus
Coluna de Olho na Política Sexta-feira, 30 de abril de 2021 Por Jorge Lemos Na coluna de ontem, falamos do crescimento da Família Tércio, que preside a Igreja Novas de Paz. Enquanto os Tércios crescem, nomes políticos da Assembleia de Deus caem. Toda eleição sempre se discutia a força e o peso que os parlamentares tinham no processo político. A declinagem começou depois de vários episódios envolvendo o Pastor Presidente da Assembleia de Deus em Pernambuco, Ailton José Alves, que se envolveu em denúncias pela prática da rachadinha nos gabinetes parlamentares. O fato é que a “mácula” na imagem do pastor Ailton levou à derrota na eleição de 2020. Nomes como a vereadora Aimée Carvalho, não conseguiu ser reeleita no Recife e a irmã Babate, que é irmã de sangue da esposa do pastor – Irmã Judite Alves, não conseguiu a reeleição como vereadora em Jaboatão dos Guararapes. Em outros municípios da Região Metropolitana a história se repetiu, e perderam a eleição, o então vereador de Olinda, Algério que em 2016, obteve 4.419 votos e em 2020, teve 1.698 votos. Em Caruaru, o presbítero Andrey Gouveia perdeu a disputa e caiu a votação de 2.615 para 1.747 votos. Em Petrolina, Sidney Paixão perdeu a eleição com 1.176 votos. O projeto cidadania que aproximava os fiéis dos políticos acabou. A igreja está distante do movimento político. O presbítero Adauto, deputado estadual faz um mandato pífio e sem expressão, terá muita dificuldade na sua reeleição. Ele obteve em 2014, 158 mil votos e caiu em 2018, para 60 mil votos. Já o deputado federal, Pastor Eurico, tem corrido por fora e feito um mandato distante da igreja, há quem diga nos bastidores que ele está rompido com a AD Pernambuco. O pastor tem ampliado o seu mandato e buscado apoios importantes nos municípios. É candidato- O vereador de Jaboatão dos Guararapes, Marlus Costa (PL) vai disputar uma mandato de deputado estadual nas eleições de 2022. Marlus foi o parlamentar mais votado na última eleição e exerce o segundo mandato. Já foi secretário de Desenvolvimento Econômico e líder do governo Anderson Ferreira. UVP – O novo presidente da União dos Vereadores de Pernambuco, Leo do Ar (PSDB), tem recebido uma romaria de vereadores de todo o Estado na entidade. O presidente recebeu representantes da empresa Pleno que oferecerá a plataforma de cursos humanizar. A parceira irá incentivar as Câmaras municipais e capacitar seus funcionários no sentido de aperfeiçoar o atendimento aos munícipes. Os Pais- O Estado anunciou a retomada das obras da UPA-E em Escada. De imediato começou a briga pela paternidade da obra. A deputada Fabíola Cabral (PP) foi a primeira a visitar o local. Depois o deputado Clovis Paiva também esteve por lá. Por último, o deputado Romero Sales Filho (PTB) também quer a paternidade da retomada da obra. PEC – A Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) e a Confederação Nacional de Municípios (CNM) promoveram nesta quarta-feira (29) um encontro virtual com prefeitos pernambucanos e o deputado Silvio Costa Filho para debater uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que está em processo de construção pelo parlamentar, com a finalidade de permitir um novo parcelamento para as dívidas previdenciárias dos municípios, em 240 meses. Direito – Educação não é serviço, mas direito constitucional a ser priorizado pelo Poder Público. Teresa Leitão (PT) frisou isso, durante a Reunião Plenária da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), desta quinta-feira (29). Em seu pronunciamento, a deputada fez críticas ao projeto de lei federal que tem o objetivo de incluir a educação presencial como”atividade essencial”, ou seja, aquelas atividades que são consideradas importantes demais para serem paralisadas, mesmo em períodos de calamidade pública. Repercussão – Movimentou a cena política do Cabo, a entrevista exibida ontem, na rede social deste blog com o ex-prefeito, Lula Cabral (PSB). Ele avaliou os 120 dias do governo Keko e com exclusividade, pela primeira vez, falou sobre a sua prisão no caso do Caboprev. Ainda hoje, o blog vai publicar um balanço da entrevista. O meu convidado da entrevista de hoje, às 19h, é o deputado estadual, João Paulo Costa.