Keko terá um papel importante na campanha de Anderson Ferreira

Coluna de Olho na Política – Exclusiva para o Cabo Quarta-feira, 14 de abril de 2021 Por Jorge Lemos Depois de Jaboatão dos Guararapes, o Cabo é a cidade mais importante administrada pelo PL em Pernambuco e terá um peso importante nas decisões para as eleições de 2022. Anderson Ferreira, prefeito de Jaboatão dos Guararapes é o pré candidato do partido ao Palácio do Campo das Princesas e disputa a indicação da oposição com os prefeitos de Petrolina, Miguel Coelho (MDB) e de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB). Keko será um ator importante nas articulações em prol da candidatura do liberal ao Governo de Pernambuco. O deputado federal,André Ferreira(PSC) vai turbinar o município de recursos federais, já que é vice líder do governo Bolsonaro para mostrar os exemplos de cidades administradas pelo PL. Keko já vem ressaltando em suas falas as ações de Anderson Ferreira em Jaboatão. As articulações que estão sendo feitas favorecem também as candidaturas de André Ferreira, que será o federal de Keko e de Vilma Alves, primeira dama do município, a deputada estadual. Massangana– A deputada estadual, Fabíola Cabral (PP), esteve ontem com o presidente da Fundação Joaquim Nabuco, Antônio Campos. Eles discutiram sobre projetos de incentivo à cultura e o desenvolvimento econômico e turístico do Cabo. O Engenho Massangana vai receber uma Escola de Referência em Gastronomia, além de promover a abertura de um restaurante sazonal, ainda este ano. Menos – Em entrevista à Rádio Ponte FM agora pela manhã, o prefeito Keko do Armazém disse que o Cabo recebeu menos vacina da H1N1 neste ano. “Os palanques estão desarmados e eu estou fazendo uma gestão olhando para frente, mas a vacinação da H1N1 do Cabo em 2020 foi um fiasco. O Município não deu prioridade na vacinação dos idosos”, disse Keko. Propaganda – Na entrevista, Keko derramou de elogios ao prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), pré candidato ao governo de Pernambuco. Segundo o gestor cabense, Jaboatão recebeu mais vacinas da H1N1 porque priorizou a vacinação dos idosos no ano passado, inclusive vacinando de outras cidades. Fundo – A Câmara de Vereadores do Cabo aprovou ontem em primeira votação, o projeto de lei 334/2021, que cria o Fundo Municipal da Segurança Pública. O Cabo é uma das primeiras cidades do Estado a ter um fundo para a segurança. O povo quer saber- Será que o grupo de Elias Gomes vai apoiar os candidatos de Keko: Anderson Ferreira (governador), André Ferreira (Federal) e Vilma Alves (Estadual)?

Por solicitação de Marco Aurélio Filho, Câmara do Recife vai discutir retomada dos eventos sociais e apresentações de músicos e artistas

Na próxima quinta-feira (15/04), a partir das 14h, a Câmara Municipal do Recife promoverá uma audiência pública virtual, proposta pelo vereador Marco Aurélio Filho (PRTB), que também é membro do Conselho de Turismo do Recife, para discutir a retomada de eventos sociais, bem como apresentações de músicos e artistas. “Retomar o setor cumprindo todos os protocolos é devolver a dignidade destes profissionais que estão sem trabalhar há mais de um ano. As casas de recepções devem se equiparar aos bares e restaurantes, cumprindo os mesmos protocolos de capacidade de pessoas e horários reduzidos. Os nossos artistas e músicos precisam se apresentar nestes locais para terem sua fonte de renda garantida. É lamentável ouvir depoimentos de músicos que estão vendendo seus próprios instrumentos para terem o que comer”, argumentou Marco Aurélio Filho. Durante a reunião Ordinária da Câmara do Recife, realizada por meio de videoconferência, na última terça-feira (13), foram aprovados dois requerimentos, também de autoria do vereador, em favor do setor. O requerimento de número 2433/2021 dirigiu apelo ao governador Paulo Câmara para avaliar, “a fim de que se tenha, de acordo com os atuais protocolos sanitários, o retorno gradual dos eventos sociais ou a equiparação destes, com o funcionamento de bares e restaurantes em período de pandemia”. Já o requerimento de número 2434/2021 dirigiu indicação ao secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Geraldo Júlio, para que seja autorizado que os músicos e artistas voltem a tocar em bares e restaurantes, cumprindo o horário de funcionamento destes estabelecimentos e todas as normas sanitárias. A reunião pública contará com a participação de representantes de eventos sociais, artistas, músicos e representantes de entidades ligadas ao setor, a exemplo do presidente da Fecomércio Bernardo Peixoto. No plenário da Câmara, o vereador Marco Aurélio Filho disparou: “Este poder legislativo não pode fechar os olhos para um setor que gera renda e emprego, isso não é um apelo é uma súplica por estes trabalhadores”. SERVIÇO: – AUDIÊNCIA PÚBLICA -14h -SALA DAS COMISSÕES DA CÂMARA MUNICIPAL DO RECIFE

PARTIDOS NO BRASIL – PARTE 1: nada mais liberal que um conservador no poder

Por Thiago Modenesi Ainda hoje, em pleno 2021, temos relativamente poucos estudos acadêmicos sobre os partidos políticos no Brasil. Isso se deve em parte ao fato de nossa política ter sido geralmente marcada por figuras expressivas, líderes que dirigiam correntes de opinião ou interesses de determinadas camadas, algo que sempre diminuiu o papel das agremiações partidárias como representação legitima de ideias que circulam pela sociedade e que, em grande medida, ainda se faz presente em pleno século XXI. Uma exceção a isso foi a fundação do Partido Comunista do Brasil em 1922. Sempre bom lembrar que somente na Constituição de 1946 surgiriam os partidos de caráter nacional, além de várias outras importantes conquistas para o nosso país. Sendo assim, aqui nos propomos a fazer um breve levantamento acerca dos partidos no Brasil na intenção de demonstrar as várias mudanças que ocorreram e que o fenômeno de tentar cercear e limitar a participação de setores da sociedade brasileira não é algo novo. Comecemos pelo Império. No primeiro reinado não podemos falar a rigor de partidos políticos no Brasil. Havia facções políticas que se distinguiam por ser contra ou a favor do imperador. As mais expressivas eram a do Grupo Português, formado por comerciantes que queriam manter o laço com a Metrópole, funcionários da administração imperial e militares, e a dos Brasileiros, composta por proprietários rurais e comerciantes que queriam o livre comércio, inclusive alguns portugueses. Após a abdicação de Dom Pedro I e sua volta à Portugal ganharam destaque os Liberais Radicais, também chamados de Exaltados, os Liberais Moderados e os Restauradores, também conhecidos como Regressistas. Os Liberais Radicais queriam o federalismo e uma relativa democratização das estruturas socioeconômicas para permitir as elites locais mais acesso ao poder, já os Moderados defendiam ideias liberais que reforçavam o parlamento, mas eram monarquistas e defendiam a escravidão. Por fim, os Regressistas queriam a volta de Dom Pedro I ao Brasil. O Império brasileiro em seu segundo reinado teve os seus partidos mais definidos, os interesses das elites estavam acomodados nos partidos Liberal e Conservador. Os liberais do Império exprimiam na sociedade daquele tempo os interesses urbanos da burguesia comercial, o idealismo dos bacharéis, o reformismo progressista das classes sem compromissos diretos com à escravidão e o feudo. Os conservadores, pelo contrário, formavam o partido da ordem, o núcleo das elites satisfeitas e reacionárias, a fortaleza dos grupos econômicos mais poderosos da época, os da lavoura e pecuária, compreendendo plantadores de cana-de-açúcar, cafeicultores e criadores de gado. Da Guerra do Paraguai à Proclamação da República, os problemas políticos e sociais do Império se avolumam de tal maneira que os dois partidos tradicionais entram em crise sem meios de fazer face à gravidade da situação. Os Conservadores e os Liberais eram diferenciados apenas quando se tratava de qual regime de governo defendia. O Partido Conservador queria um regime forte, tendo a autoridade concentrada na figura do imperador e pequena liberdade para as províncias. Já o Partido Liberal era favorável a que o parlamento fosse fortalecido e mais autonomia das províncias. Em 1862 os Liberais têm um racha e se forma a Liga, também chamada de Partido Progressista, o partido iria se dissolver em 1868 e parte dos que o compunham iriam integrar o novo Partido Republicano Paulista (PRP), fundado em 1873 e formado por grandes proprietários de terras e de escravos, o PRP duraria até boa parte da República Velha. O processo eleitoral era profundamente restrito no período, com voto censitário que exigia ao cidadão uma renda mínima anual para ter acesso ao sufrágio. Mesmo o montante exigido sendo alto, libertos e recém-libertos podiam participar do chamado primeiro grau do processo eleitoral, mas apenas votando e não se candidatando. A Lei Saraiva de 1881 restringiu isso ao agregar a exigência da renda mínima a necessidade de o eleitor saber ler e escrever, excluindo os analfabetos das eleições. Da Guerra do Paraguai à Proclamação da República, os problemas políticos e sociais do Império se avolumam de tal maneira que os dois partidos tradicionais entram em crise sem meios de fazer face à gravidade da situação. Os descontentamentos acumulados acerca das questões militares e religiosa, os transtornos da questão servil, assim como a crise da ideia federativa, de que Rui Barbosa se fizera paladino e expoente, batalhando, com rara fidelidade partidária, até às vésperas do colapso imperial, esses foram os fatos que fizeram irremediável a crise das instituições e colocaram termo à existência dos que foram os dois grandes partidos do Império: o Conservador e o Republicano. Aqui foi se pavimentando o caminho para o fim do regime e a Proclamação da República.   Thiago Modenesi é professor universitário      

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