O cenário das Eleições 2022, em Pernambuco, mostra a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB) e o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), formando uma ampla frente de oposição, incorporando forças políticas para integrar no movimento e decidir quem irá representar o coletivo nas urnas. Embora, os dois pré-candidatos sejam colocados como possíveis postulantes ao Executivo Estadual, nos bastidores comenta-se que Anderson irá concorrer ao Senado.
A um ano do pleito ao Governo de Pernambuco, foi realizada uma pesquisa pelo Instituto Opinião, de Campina Grande (PB), na qual aponta Raquel Lyra (PSDB) como a maior liderança do Agreste, sendo o nome preferido do eleitorado numa possível candidatura ao Governo de Pernambuco no próximo ano. O prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira (PL), segue os mesmos passos da tucana e se consolida como a maior liderança da oposição na Região Metropolitana, onde tem a maior intenção de voto, registrando um salto e crescimento considerável em relação ao último levantamento. Os percentuais de votos somados entre Raquel e Anderson, aproximam-se a 30% das intenções. Já no caso do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (DEM), segue isolado no sertão, onde tem o menor número de eleitor na corrida eleitoral.
Cada região tem seus diferentes pesos, mas o que fica claro é que Raquel tem forte desempenho no Agreste, o segundo maior colégio eleitoral regional de Pernambuco. A prefeita pontua com 44% das intenções de voto, traduzindo o sentimento das pessoas que conhecem o trabalho da tucana, mostrando grande disposição para votar nela.
O cenário político mudou e 2022 e será muito diferente de 2014 e 2018. É certo que no cenário político, os pré-candidatos que estão na cadeira da oposição, terão uma dificuldade a mais nesta eleição. Relembrando que em 2014, Armando Monteiro, no ápice de sua liderança e favoritismo, perdeu a disputa para o Paulo Câmara, após o trágico acidente que tirou a vida de Eduardo Campos, fazendo com que o seu opositor crescesse como um foguete nas pesquisas. A comoção que se engrandeceu no Estado, cravou um sentimento de homenagear o então querido, Eduardo Campos, fazendo com que a Frente Popular, liderada por Paulo Câmara, mudasse o cenário, conquistando vitória.
Já em 2018, Armando seguiu sem forças e perdeu no 1º turno para Paulo Câmara, atual governador do Estado de Pernambuco, que obteve 550 mil votos de maioria para Armando Monteiro. Pesquisas mostravam que, por apenas ter o nome de Armando na oposição e o fator Lula, foram decisivos no resultado.
O cenário político de 2022 deverá ser muito semelhante ao de 2016. Os pré-candidatos da oposição, Raquel Lyra, Anderson Ferreira e Miguel Coelho, terão que estar muito unidos no segundo turno, assim como em 2006, para colocar um fim na gestão PSB no Estado de Pernambuco. O ano eleitoral no Estado ganha cada vez mais musculatura e quem tiver a melhor estratégia, percorrer todo o Estado, fizer alianças fortes, conversar cara a cara com o eleitorado, findar propostas que atendam a população, dará um salto para a cadeira do Palácio do Campo das Princesas e será o atual Governador do Estado de Pernambuco.