Priscila Krause comemora cancelamento de compra de galpão no Cabo pela PCR

A deputada estadual Priscila Krause utilizou as redes sociais para comemorar a decisão da Prefeitura do Recife de revogar a compra de galpão no Cabo de Santo Agostinho em prol da utilização como almoxarifado da Secretaria de Saúde do Recife.

De acordo com a parlamentar, a decisão de devolver o galpão e cancelar a compra demonstra que o atual prefeito reconhece a aquisição inadequada da gestão do seu antecessor, o ex-prefeito Geraldo Julio (PSB).

“O ex-prefeito deixou uma série de pendências administrativas para o povo do Recife pagar e nós estamos levantando isso desde dezembro do ano passado. O galpão no Cabo é simbólico e finalmente aponta que a atual gestão concorda conosco de que se tratava de um gasto absurdo e suspeito. No final das contas, ganha o cidadão pagador de impostos, que deixará de bancar uma compra desnecessária, sem licitação, de quase treze milhões de reais”, afirmou Priscila.

No início de janeiro, Priscila Krause disse que levou a denúncia aos órgãos de controle e a conselheira Teresa Duere, relatora das contas da Secretaria de Educação do Recife em 2021 determinou que fosse instaurado uma auditoria especial. Ela também expediu alerta de responsabilização impedindo que os R$ 12,8 milhões da aquisição fosse repassada à empresa proprietária do imóvel, a Nova Terra Incorporadora e Construtora Ltda.

Na época da denúncia, Priscila afirmou que não havia justificativa para o Almoxarifado da Secretaria de Educação ficar tão distante das unidades escolares e que já existia um contrato de locação para o funcionamento de uma unidade semelhante no bairro da Muribeca, em Jaboatão, válido por mais cinco anos.

A deputada também é autora de outra representação, no Tribunal, em torno de outra compra sem transparência, também nas últimas semanas da gestão, na área de educação. Trata-se da aquisição de 14 mil equipamentos musicais ao custo de R$ 10,9 milhões. Não houve licitação no âmbito da Prefeitura do Recife.

A parlamentar registrou que também não houve transparência – o contrato não foi publicado nem no Diário Oficial nem no Portal da Transparência – além da ausência da razoabilidade, já que a quantidade de instrumentos profissionais seria capaz de implantar 500 bandas escolares na cidade, número maior até que o de escolas da rede.