Nesta terça-feira (24), a Polícia Civil cumpriu cinco mandados de busca e apreensão dentro da segunda fase da operação “Sequência Real”, que investiga crimes de fraude em licitações, peculato, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica nas cidades de Amaraji e Gameleira, ambas na Zona da Mata do Estado. Os mandados foram emitidos pela Vara Única da Comarca de Amaraji para endereços no Recife e em Chã Grande, Amaraji e Gameleira, na Zona da Mata, e Gravatá, no Agreste.
A Polícia Civil não informou se os contratos foram feitos pelas gestões atuais ou anteriores do Executivo e Legislativo. Os nomes dos alvos também não foram divulgados pela corporação.
O inquérito é conduzido pela delegada Isabela Veras Porpino, adjunta da 2ª Delegacia de Combate à Corrupção do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco).
Além de peculato e fraude em licitação, são investigados os crimes de falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. O material apreendido durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão foi encaminhados à sede do Draco, no Barro, na Zona Oeste do Recife.
Até o momento, as prefeituras de Amaraji e de Gameleira não se pronunciaram.
As investigações tiveram início em maio de 2019. Em agosto do mesmo ano, ocorreu a primeira fase da operação “Sequência Real” em conjunto com outra operação, chamada de “Carta Marcada”, que também apurava fraudes em licitações. Os desvios chegaram a R$ 1 milhão. Na época, foram presas nove pessoas temporariamente, incluindo ex-servidores de Gameleira e Amaraji, bem como a ex-prefeita de Gameleira Yeda Augusta.
De acordo com a Polícia Civil, uma empresa investigada nas duas operações atuava fraudando licitações nos dois municípios. O advogados ligados às empresas investigadas também foram alvo dos mandados na época.