Plenário da Câmara dos Deputados rejeita e enterra PEC do voto impresso

Nesta terça-feira (10), a Câmara dos Deputados decidiu rejeitar a Proposta de Emenda à Constituição do Voto Impresso (PEC 135/19), que determinava a impressão de “cédulas físicas conferíveis pelo eleitor” nos processos de votação das eleições, plebiscitos e referendos. Para ser aprovada, a medida precisava de, no mínimo, 308 votos. No entanto, o texto elaborado pela Bia Kicis (PSL-DF) teve 229 votos favoráveis, 218 contrários e 1 abstenção. Ao todo foram 448 votos computados.

Esse resultado representa uma derrota para o presidente Jair Bolsonaro que, sem apresentar provas, vem falando em fraude no sistema de votação por meio da urna eletrônica e fazendo acusações ao Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral. Além de fazer ameaças de não realizar eleições em 2022 caso não fosse aprovada a matéria.

Após a votação, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) agradeceu aos deputados pelo comportamento democrático. “A democracia do Plenário desta Casa deu uma resposta a este assunto e, na Câmara, espero que este assunto esteja definitivamente enterrado”, afirmou.

A votação desta terça-feira é a terceira derrota do voto impresso na Câmara, já que os membros da comissão rejeitaram em duas votações na semana passada. Apesar da rejeição, Arthur Lira decidiu leva-la ao plenário para que todos os 513 deputados se manifestassem. Com essa decisão, o texto será arquivado, e o formato atual de votação e apuração fica mantido nas eleições de 2022.

O deputado Marcelo Ramos (PL-AM), primeiro vice-presidente da Câmara, também afirmou que o debate do voto impresso precisa ser superado. “O brasileiro precisa de vacina, emprego e comida na mesa. A Câmara precisa virar esta página para tratar do que realmente importa para o País”, declarou.

 

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