MP quer o ‘Laranjômetro’ para fiscalizar eleições

O Ministério Público pediu ajuda a um grupo de parlamentares para investigar o descumprimento da regra nas eleições.  A ideia é usar o “Laranjômetro”, ferramenta de inteligência artificial criada em 2020 pelo gabinete compartilhado dos deputados Felipe Rigoni (União-ES) e Tabata Amaral (PSB-SP) e do senador Alessandro Vieira (PSDB-SE).

A plataforma cruza dados para identificar, antes das votações, indícios de uso de mulheres lançadas apenas para seus partidos cumprirem a cota de gênero. “A ferramenta auxiliará na otimização da fiscalização eleitoral”, dizem os parlamentares.

A intenção dos parlamentares é liberar gratuitamente o código-fonte da ferramenta e os dados usados em sua elaboração. Em 2020, o Laranjômetro indicou ao menos 5 mil possíveis candidatas laranjas, como revelou o Estadão.

“A inteligência artificial tem sido usada para fragilizar processos consolidados no País, sobretudo com a propagação de fake news. É de extrema importância que os órgãos responsáveis pela fiscalização e repressão dessas práticas também usem a tecnologia, mas a favor da democracia”, assinalam os deputados.