Nesta terça-feira (02), Dia de Finados, o movimento começou bem cedo nos principais cemitérios do Grande Recife. As pessoas homenagearam os parentes, fizeram orações e tiveram momentos de reflexão. Com o avanço da vacinação e a melhoria dos números de Covid, o público ficou mais tranquilo para fazer as visitas.
Porém, mesmo com a redução dos caso, os visitantes ainda precisam usar máscara, respeitar o distanciamento social e higienizar as mãos na entrada. Do lado de fora também é grande o movimento de vendedores oferecendo flores e velas.
Ao longo de toda a terça, os cemitérios contam com programação religiosa. São missas, recitações de terço e cultos evangélicos em vários cemitérios.
Inaugurado em 1851, o Cemitério de Santo Amaro, na área central da capital, é o maior do Grande Recife. Lá, foram sepultados os ex-governadores Miguel Arraes e Eduardo Campos e o cantor Chico Science. Nesta manhã, teve gente que chegou ao cemitério por volta das 5h. Pouco depois das 6h, os portões já estavam abertos, dando início ao dia de visitas.
De acordo com a programação, o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, vai celebrar uma missa, às 10h, no local. Outras duas celebrações estão previstas ao meio-dia e às 16h. Essa última será presidida pelo Padre João Crisóstomo, capelão da capela do cemitério de Santo Amaro.
“Finados não é um dia de tristeza, mas um dia de saudade. É quando recordamos os nossos entes queridos que partiram para a casa do Pai, que já fizeram a sua páscoa definitiva. Somos convidados enquanto comunidade e família a visitar os túmulos desses irmãos para levar nossa homenagem, nossa oração, nossa prece”, destacou Dom Fernando Saburido.
Silvana Silva foi a Santo Amaro fazer uma orações pelo pai e pelo irmão. Emocionada, ela disse que prometeu ir sempre ao cemitério, em Dia de Finados. “Meu coração, hoje, está saudoso. Tenho certeza de que eles partiram antes de mim, mas o amor permanece”, disse.
No Parque das Flores, em Tejipió, na Zona Oeste do Recife, os comerciantes também chegaram bem cedo para vender flores e velas. Produtos mais baratos custavam entre R$ 4 e R$ 5. A expectativa, segundo os administradores, era de que 20 mil pessoas passassem pelo cemitério ao longo do Dia de Finados.
Dona Zulmira chegou ao Parque das Flores antes das 6h. Ela visitou o jazigo do marido, vítima da Covid, do pai e do enteado. “Sempre venho visitar os parentes, no Dia de Finados. Em 2020, não deu para vir ao cemitério. Este ano, estou aqui para lembrar do meu marido, que morreu há sete meses”, afirmou.
Em Olinda, a expectativa era que 15 mil pessoas participassem das visitações no Cemitério de Guadalupe. Lá, os protocolos para evitar a disseminação da Covid foram mantidos, como a obrigatoriedade de uso de máscara e álcool em gel.
