Seguindo os passos do seu pai, ex-governador Eduardo Campos, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), tem intensificado o contato direto com a população recifense nas ruas. O prefeito que contraiu a covid 19, logo nos primeiros dias de sua gestão, passou a quarentena em casa, trabalhando por videoconferência e acompanhando as ações programadas para os 100 dias de governo.
Recuperado do coronavírus, João não perdeu tempo e foi logo para as ruas. O jovem gestor sai cedo de casa e cumpre uma gigantesca agenda de reuniões, encontros, inaugurações, entrevistas, visitas e acompanha de perto a imunização da população, que está sendo vacinada.
Na maioria das vezes, o prefeito chega de surpresa aos locais para acompanhar os serviços oferecidos pela Prefeitura. Em um domingo, João Campos monitorou o trabalho da limpeza urbana na Praia de Boa Viagem. Conversou com os garis, tirou fotos e fez um apelo para que a população colabore com a zeladoria da cidade. São recolhidos 20 toneladas de lixo, por final de semana, nas praias do Recife.
O prefeito faz questão do corpo a corpo em suas visitas. “Na pandemia, a gente apreendeu a chegar junto das pessoas de outras maneiras. A cada murrinho ou toque de cotovelos, a gente quer dizer que está perto, que quer ouvir as pessoas, entender o que está precisando ser resolvido. É muito bom chegar na rua, ser percebido com carinho, trocar uma idéia com os recifenses e ver que eles estão botando fé no Recife que a gente vai construir, juntos”, disse João Campos em suas redes sociais.
O QUE O BLOG PENSA – O PSB tem um caminho árduo pela frente para recuperar o favoritismo. A eleição acirrada para a prefeitura do Recife, num segundo turno empatado até as últimas pesquisas divulgadas pelos institutos Ibope e DataFolha, e a avaliação não tão boa de Paulo Câmara, apontam para a necessidade de se mostrar o “jeito PSB de governar”.
Caso queria emplacar realmente o nome de Geraldo Júlio como sucessor de Câmara, o partido terá que usar ao máximo a gestão de João Campos como modelo, aumentar a aceitação da sigla ou poderá amargar sua primeira derrota em anos, tendo em vista a ascensão de quadros da oposição, como Anderson Ferreira (PL), Raquel Lyra (PSDB) e Miguel Coelho (MDB), todos reeleitos às suas prefeituras em primeiro turno, com votações expressivas e que estão investindo pesado em comunicação.