É compreensível a falta de informação para quem acaba de chegar para gerir uma cidade tão importante como a do Cabo de Santo Agostinho.
O território rural do Cabo de Santo Agostinho tem o somatório de três vezes a cidade de Olinda, com mais de 180 engenhos assim distribuídos, o distrito de Jussaral, por exemplo, fica a 54km de distância da sede e é bastante improvável que em 30 dias se consiga fazer um levantamento do atendimento à área rural em 4 anos.
A Superintendência de Desenvolvimento Rural (corrigindo o texto na matéria ora divulgada, pois é o nome correto que consta no organograma oficial deste município, já que não existe Secretaria de Desenvolvimento Rural), é responsável em sua essência pela assistência técnica, fomento às atividades rurais, distribuição de sementes e apoio à produção e escoamento da mesma. É importante informar também que a produção rural no Cabo de Santo Agostinho é diversificada e necessita de acompanhamento contínuo por parte de técnicos especializados.
A Superintendência de Desenvolvimento Rural, teve como seu Superintende, o agora vereador Aziel Almeida, que sempre manteve uma boa interlocução com os agricultores, atendendo-os sempre de forma democrática através de agendamento sob demanda para envio de equipamentos agrícolas, entre outros.
A orientação aos agricultores principalmente no que diz respeito a informações precisas e suporte técnico sempre foi realizado pelos técnicos agrícolas, em relação a qualidade da terra, emissão de laudos, plantio e distribuição de sementes. Mais 2 mil hectares e mais de 400 agricultores eram atendidos de forma contínua, através de associações ou individualmente. Além desses serviços, o acompanhamento e assistência em piscicultura e apicultura foram realizados de forma profissional pelos técnicos agrícolas.
Continuando no que se refere a desinformação, o caminhão boiadeiro, responsável pela apreensão de animais de grande porte, é de responsabilidade da Secretaria Executiva de Meio Ambiente, desde que uma Ementa ao projeto de Lei 1.924/2000, foi sancionada e em seu artigo 10º, implementa, gerencia, coordena, fiscaliza e executa políticas públicas de saúde e bem-estar animal, e ainda assim, é um questionamento fácil de averiguar tendo em vista que os responsável pela utilização e manutenção deste veículo se mantiveram atuando na atual gestão.
O que sabemos é que a área rural precisa de atendimento constante e até o momento a pasta encontra-se sem um gestor, façamos uma reflexão sobre o interesse em fazer um relatório com base em dados inventados e uma pasta cuja ocupação está vazia. A área rural espera por mais trabalho e menos conversa.
Cabo de Santo Agostinho, 01 de março de 2021,
Moshe Caminha
Ex- secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo