Dados divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) indicam que o nosso segmento ampliou em 0,9% a sua participação na geração de riqueza do Estado, da Região e do Brasil entre os anos 2008 e 2018. Os resultados são os mais recentes disponíveis no Sistema de Contas Nacionais do IBGE. “Todos os setores são importantes para a atividade local, mas nota-se que a indústria pernambucana vem se modernizando e apostando em atividades com alto valor agregado que, antes, não eram uma expertise nossa e, agora, são”, disse o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), Ricardo Essinger.
A diversificação da pauta industrial fez com que o segmento se tornasse responsável por quase a totalidade dos números de importação e exportação do Estado. Nos últimos dez anos, essas pautas passaram por uma grande transformação, sobretudo em 2015, quando o município de Goiana, na Região Metropolitana do Recife (RMR), recebeu um dos polos automotivos mais modernos do mundo.
Mesmo empregando 283.855 pessoas, o que representa 17,7% do emprego formal do Estado, o setor também vem enfrentando os maiores desafios impostos pela crise da Covid-19. Diante da instabilidade econômica que muitas empresas ainda enfrentam, entraves como a falta ou o alto custo da matéria-prima, a elevada carga tributária, a demanda interna insuficiente, o aumento da taxa de câmbio e a escassez de capital de giro são os responsáveis por deixar em suspenso os investimentos do mercado.
“Quando vivemos uma crise dessa magnitude, é natural que se demore a reagir, sobretudo porque há ainda uma influência muito forte dos fatores macroeconômicos e políticos. Com o setor industrial, não é diferente, e por isso a necessidade de que existam garantias e incentivos por parte dos governos na tentativa de contribuir para a retomada da economia o mais breve possível”, justificou Essinger.