Conselheiros municipais cobram da Prefeitura de Olinda ações efetivas em áreas atingidas pelas chuvas 

Representantes da sociedade civil no Conselho de Desenvolvimento Municipal (CDM) de Olinda estão realizando vistorias nas comunidades que constam no plano da “Operação Inverno” da Prefeitura de Olinda.

A gestão municipal apresentou na última reunião do conselho, no dia 25 de maio,  uma série de ações realizadas em comunidades atingidas pelas chuvas, como urbanização, dragagem e limpeza de córregos e canais e construção de encostas.

Contudo, o que alguns conselheiros representantes da sociedade civil, estão encontrando são ações prometidas e nunca realizadas. E em alguns locais críticos como em Cabo Gato, sequer foram citados no planejamento.Também foram identificados desastres ambientais, tanto em áreas de zona rural como de mata, e em nascentes de rios, e a falta de coleta de lixo.

Nas visitas, acompanhadas também por lideranças comunitárias, eles apontam o descaso da gestão municipal, e revelam que alguns bairros estão há anos sem receber qualquer ação do poder público de Olinda.

“Estamos conversando com as lideranças locais e vendo que muito do que foi apresentado ao conselho não foi realizado. Ficou definida na última reunião que haveria visita técnica nas comunidades e até agora nada. Por isso que a gestão não tem interesse em consolidar o CDM, que é um espaço democrático tão importante”, afirma Jean Pierre, um dos conselheiros municipais.

Após as visitas será construído um relatório confrontando o que é fake e o que é verdade nas declarações da prefeitura. Com o início das chuvas mais fortes em meados de junho as ações de prevenção se tornam ainda mais urgentes.

“Como conselheiros municipais temos a obrigação de cobrar da gestão resultados para a população. Vamos elaborar um relatório das visitas e apresentar ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Esperamos que com isso a prefeitura de Olinda tome as devidas ações que são de competência do poder público municipal. O olindense não pode ficar à mercê da falta de gestão e planejamento da prefeitura”, alerta Eugênia Lima, conselheira do CDM.