Codeputadas visitam Ilha de Cocaia e criticam construção de terminal de minério

Representantes de comunidades pesqueiras, o Fórum Suape e o Conselho Pastoral da Pesca levaram as codeputadas estaduais Kátia Cunha e Joelma Carla, para conhecer a Ilha de Cocaia, localizada próximo ao Porto de Suape, nesta última terça-feira (19/7).

A ida à Cocaia faz parte da mobilização popular para denunciar o projeto da empresa Suape, em parceria com a empresa Bemisa, de construir um terminal de minérios na ilha. O projeto vai afetar o meio ambiente, a pesca artesanal, o turismo comunitário e, consequentemente, a renda de milhares de famílias.

Após conversar com os representantes das comunidades, Kátia Cunha se comprometeu a envolver toda a Comissão de Direitos Humanos da Alepe para dar visibilidade ao caso e buscar providências junto ao Governo do Estado. “Já não bastam as diversos violações que já foram cometidas nessa região que afetou os modos de vida de milhares de famílias, agora estamos diante de mais um projeto extremamente problemático do ponto de vista socioambiental”, afirmou a codeputada Kátia Cunha.

Para a moradora e pescadora da Praia de Suape, Ana Patrícia Alves, a visita à Ilha foi super importante para tentar barrar mais esse empreendimento que agride os direitos das comunidades que vivem da pesca. “Suape já acabou com a Ilha de Tatuoca, com diversos mangues e rios, e, ainda não satisfeita, quer acabar com essa ilha que sustenta milhares de famílias de várias cidades do litoral sul e que dependem do turismo e do comércio”, desabafou a pescadora de aratu de pedra.

Para Luísa Duque, assessora jurídica do Fórum Suape, “enquanto o mundo inteiro vive as graves consequências das mudanças climáticas e busca soluções para recuperar séculos de devastação da natureza, o Estado de Pernambuco, por meio de sua empresa pública Suape, está empenhado em sacrificar ainda mais o meio ambiente e quem depende dele para viver com dignidade. A Ilha de Cocaia é pesca artesanal, é turismo comunitário, é a festa tradicional da Ouriçada, é mangue preservado”.