Centro das Mulheres do Cabo emite nota de apoio à ex-mulher de Pedro Eurico, vítima de violência doméstica

O Centro das mulheres do Cabo, emitiu, nesta sexta-feira (10), uma nota prestando apoio à Maria Eduarda, economista e de repúdio ao secretário de Justiça e Direitos Humanos Pedro Eurico, acusado de agressões.

Em nota, o órgão ressalta a inexistência de classe social para a violência. “Justamente na semana onde se tem datas como a do 06/12 – Dia Internacional dos Homens pelo Fim da Violência contra a Mulher, através da Campanha do Laço Branco e do dia 10/12, Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos, CAIU MAIS UM TABU : O de que a violência contra a mulher só é praticada por homens de baixa renda, sem estudo, sem emprego, sem poderio político, ou seja: por um marginal”, disse.

O Centro das Mulheres do Cabo (CMC), funciona há 37 anos,  com ações de Empoderamento e de Formação Política e Gênero,  atendendo mulher vítimas violência. “Fomos nós a primeira entidade a acionar no Brasil a Lei Maria da Penha, ao mesmo tempo que ficamos alegres em poder ajudá-la, nos entristece o fato de ter que existir uma Lei para que se respeite a dignidade das Mulheres que sofrem violência, independente da classe social e estudo que ela tenha, porque nenhuma mulher deveria passar por essa situação, ao mesmo tempo, esse fato nos encoraja a continuar essa batalha, pois sonhamos com um mundo onde não haja violência contra a mulher”, esclareceu em nota.

“Maria Eduarda, ex-mulher de Pedro Eurico, secretário de Justiça e Direitos Humanos durante 25 anos sofreu violência de um homem acima de qualquer suspeita e muito prestigiado. Um homem poderoso que interveio nas 10 denúncias que ela fazia a seu respeito. Um homem que estava num dos cargos mais importantes do governo do Estado de Pernambuco. Um homem que conviveu e escreveu um livro sobre Dom Hélder Câmara, o Dom da Paz. Um homem acima de qualquer suspeita. Um homem agressor.
Exigimos que seja responsabilizado pelo seu crime e um posicionamento do Estado a respeito do caso”, ressaltou.

Os integrantes do órgão também apelaram por justiça, ressaltando que o crime, seja punido como todos os outros que ataquem à integridade da mulher. “Que se faça JUSTIÇA a Maria Eduarda e ele pague por seu crime, na forma da Lei Maria da Penha, como qualquer agressor de uma mulher, independente de sua condição de Poder, grau de instrução ou cargo que ocupe”, finalizou.