A Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho está realizando, através da Gerência de Direitos Humanos, a Semana da Visibilidade Lésbica. Nesta terça-feira (31), a programação contou com uma roda de diálogos sobre estupro corretivo para os moradores da comunidade de Pau Santo.
O estupro corretivo é uma prática violenta de que lésbicas, em sua maioria, homens gays e pessoas trans são vítimas. Consiste no crime como uma tentativa de controlar o comportamento social ou sexual de um indivíduo. Ou seja, é quando o crime é cometido na tentativa de “corrigir” uma característica da vítima, como sua orientação sexual ou identidade de gênero.
Participaram da conversa a secretária executiva da Mulher, Walkiria Alves; o coordenador de políticas para a população LGBTQIA+ do Cabo, Eudes Fonseca, e a coordenadora de Igualdade Racial do município, Gilmara Santana.
Cerca de 16 pessoas do engenho participaram, uma delas foi Brauline da Silva Ferreira. “Achei muito importante esse debate, me ajudou a entender muita coisa e até a tirar dúvidas como o conceito de intersexo que eu não sabia”.
Eudes afirma que esse tipo de movimento é essencial para a luta LGBTQIA+ no município. “O estupro corretivo é um crime, mas muitas vezes normalizado dentro das comunidades e das próprias famílias. Precisamos lutar contra esse tipo de prática violenta e levar informações para as pessoas”, afirmou o secretário.
A programação da Semana da Visibilidade Lésbica vai até a sexta-feira (3). Nesta quarta-feira (1°), a roda de diálogos com o mesmo tema acontecerá no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) das Praias. Já na quinta-feira (2) será no Cras Ponte dos Carvalhos.
Os encontros acontecem sempre às 10h e é aberto a toda população. Para fechar a semana de programação, na sexta-feira (3) haverá às 14h uma ação itinerante na Praça da Bíblia, com panfletagem e ponto de informações sobre o tema.
