Bolsonaro critica Fundo Eleitoral de 5,7 bilhões e sinaliza vetá-lo

Neste domingo (18), o presidente Jair Bolsonaro criticou o aumento do Fundo Eleitoral para R$ 5,7 bilhões aprovado pelo Congresso na última semana e sinalizou que pode vetá-lo para as eleições 2022.

O reajuste foi aprovado nesta quinta-feira (15), pelo Congresso  Nacional, no âmbito a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), e prevê a possibilidade de aumentar o fundo, usado por partidos e candidatos para fazer campanha. A mudança representa um aumento de 185% em relação ao valor que os partidos obtiveram em 2020 para as disputas municipais.

“Sigo a minha consciência e sigo a economia e a gente vai buscar dar um bom final para isso daí. Afinal de contas, eu já antecipo, R$ 6 bilhões para fundo eleitoral, pelo amor de Deus. R$ 6 bilhões na mão do Tarcísio (Infraestrutura), ele recapearia grande parte da malha rodoviária do Brasil, R$ 6 bilhões na mão do Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), ele concluiria a água para o Nordeste.”, afirmou Bolsonaro em conversa com jornalistas na saída do Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, de onde recebeu alta médica. O presidente estava internado desde o dia 14 de julho para tratar de uma obstrução intestinal.

De acordo com Bolsonaro, o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos, impediu que a votação em separado sobre os recursos eleitorais fosse feita nominalmente, quando há contagem de votos.

A votação foi simbólica, por isso o chefe do Executivo saiu em defesa de congressistas da base que estão sendo criticados por terem votado a favor da LDO.

“Pelo amor de Deus o Estado do Amazonas ter um parlamentar como esse, pelo amor de Deus. Ele atropelou, ignorou, passou por cima e não botou em votação o destaque. Obrigado aos parlamentares que votaram a LDO, todos eles estão sendo acusados injustamente de ter botado esse Fundão”, disse Bolsonaro.

O deputado amazonense divulgou nota em resposta a Bolsonaro, na qual diz que o presidente se nega a assumir responsabilidade sobre a pandemia no Brasil e o desafiou a vetar o fundo eleitoral.

“Se depender do Bolsonaro ele não é responsável por nenhuma das mais de 530 mil pessoas mortas na pandemia, nem por 15 milhões de desempregados, nem por 19 milhões de brasileiros com fome e nem mesmo pela escandalosa tentativa de roubo na compra de vacinas. Ele deveria é dizer que vai vetar, mas vai tentar arrumar alguém para responsabilizar também, porque é típico dele e dos filhos correr das suas responsabilidades e obrigações”, declarou.

Com informações do Poder 360

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