Arthur Lira afirma não acreditar em nenhuma forma de ruptura democrática

Na noite desta terça-feira (24), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) afirmou não acreditar em nenhum tipo de ruptura democrática. Segundo ele, é preciso uma autocontenção dos governantes para dar mais estabilidade institucional e gastar menos energia com assuntos que não interessam à sociedade.

Lira disse ainda que os militares não apoiam nenhum tipo de ruptura e que, neste momento, é importante apaziguar os ânimos e não ultrapassar os limites constitucionais. As declarações foram dadas ao programa do jornalista Roberto D’Avila na Globonews.

“Não teremos nenhum tipo de ruptura, os militares são conscientes que são protetores da Nação e não de qualquer projeto. Temos que ter autocontenção, temos feito muitas conversas e nossa função exige isso”, afirmou Lira.

“Espero que não gastemos energia administrando problemas que não têm importância na vida do brasileiro. O brasileiro comum está preocupado com a inflação, com a energia, com a alimentação. O salário mínimo foi consumido pela pandemia e temos que focar na recuperação da economia e, socialmente, para o carente”, disse.

Na ocasião, Lira voltou a defender a votação da reforma tributária que tramita na Câmara. De acordo com ele, a reforma vai garantir justiça tributária para que quem ganhe mais, pague mais imposto. Mais cedo, o presidente da Câmara afirmou que o projeto não constará na pauta nesta semana.

“Reforma tributária não é projeto de governo, é projeto de Estado. Agora, imagina a resistência, é uma coisa mais do que justa, você tem R$ 330 bilhões sem pagar imposto. Por isso temos que discutir, paulatinamente, com paciência e obstinação”, destacou.

Arthur Lira também defendeu o fundo eleitoral para financiar as eleições do ano que vem. O fundo tem sido objeto de polêmica porque poderia chegar a mais de R$ 5 bilhões. Segundo Lira, é preciso financiar a democracia no Brasil. Ele explicou que esses recursos não são oriundos da educação, da saúde ou da segurança pública.

Para Lira, é preciso evitar que o sistema político venha a ser financiado pelo tráfico, por milícias, por centros religiosos ou por outsiders. “Quanto custa a nossa democracia?”, questionou.