O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Sergio Moro, se filiou ao partido Podemos na manhã desta quarta-feira (10), no evento em Brasília que não anunciou a qual cargo o ex-juiz da Lava-Jato concorrerá no pleito eleitoral de 2022, mas se referiu a ele como “futuro Presidente da República”. Ensaiando discurso político em tom presidenciável, Moro destacou que o ingresso na vida política é mais um desafio ao qual ele não vai se furtar.
“Não tenho carreira política, não sou treinado em discurso político, alguns até dizem que não sou eloquente, muitos até criticam minha voz, mas se eventualmente eu não sou a melhor para discursar, posso assegurar que sou alguém que vocês podem confiar. A vida pública me testou mais de uma vez, como juiz da Lava-Jato, como ministro da Justiça, vocês conhecem minha história e sabem que eu nunca recuei em nenhum desafio e nem repudiei meu princípios para alimentar ambições pessoais”, afirmou.
A fala de Moro também foi marcado por críticas ao governo do presidente da República, Jair Bolsonaro. Segundo Moro, seu trabalho como ministro foi boicotado pelo governo que também não cumpriu a promessa de combater a corrupção sem proteger quem quer que seja.
“O meu desejo era de continuar atuando como ministro em favor dos brasileiros, mas infelizmente não pude continuar no governo, quando aceitei o cargo, não faz por poder ou prestigio, eu acreditava em uma missão, queria combater a corrupção, mas para isso eu precisava do apoio do governo, mas esse apoio me foi negado quando eu vi meu trabalho boicotado, quando foi quebrada a promessa de que o governo combateria à corrupção sem proteger quem quer que seja, continuar como ministro seria apenas uma farsa”, apontou.