O presidente da Câmara Municipal de Paulista, no Grande Recife, foi agredido e hostilizado depois da sessão que aprovou uma reforma na Previdência da cidade. O vereador Edson de Araújo Pinto, o Edinho (PSB), foi perseguido pelos manifestantes na saída da sede do Legislativo.
O projeto é de autoria do prefeito Yves Ribeiro (MDB) e deveria ser votado até o sábado (13). No entanto, a Câmara Municipal decidiu antecipar a votação para a terça-feira (9), dia em que ocorreram as agressões ao presidente da Câmara.
A reforma foi aprovada por dez votos a dois. Foram contrários ao projeto os vereadores Flávia Hellen (PT) e Fabiano Paz (PSB). Entre as mudanças aprovadas está a aplicação de 14%, referente à alíquota previdenciária, para todos os servidores e até mesmo os aposentados e pensionistas.
Pela manhã, os servidores municipais ocuparam a Avenida Marechal Floriano Peixoto, onde fica a Câmara Municipal. Eles protestaram contra a aprovação do projeto. A manifestação foi organizada pelo Sindicato Municipal dos Servidores de Paulista (Sinsempa).
À tarde, quando o projeto foi aprovado, houve tumulto e o vereador Edinho precisou ser escoltado pela Polícia Militar para sair do local.
O presidente da Câmara afirmou que a votação ocorreu para que haja adequação do município à reforma da Previdência do governo federal.
“Muitos não aceitam, eles não sabem o que é a reforma da Previdência e não aceitam o que foi votado. A importância de a gente votar esse projeto é para cuidar da cidade, tivemos um decreto do governo federal para votar a emenda 103. A Constituição exige que todos os municípios se adequem à reforma da Previdência. Discutimos muito com todos os sindicatos e ONGs, acompanhamos de perto. Eles levaram 11 reivindicações para a Câmara de Vereadores e foram atendidas nove reivindicações”, afirmou.