Num momento ainda de muitas especulações sobre as candidaturas para as Eleições 2022, o apresentador José Luiz Datena (PSL-SP) afirmou, em entrevista ao UOL, não ter desistido de concorrer a presidência da República. Apesar disso, com a fusão de seu partido com o DEM e a disputa dividida entre Lula e Bolsonaro, o apresentador televisivo assumiu que a situação está mais complicada.
“Ficou um pouco mais complicado. A diferença é que eu já havia sido lançado como candidato à Presidência pelo PSL e agora, após a fusão com o DEM, eu vou ter que participar de prévias. Se eu me meter em prévia para a Presidência, o Pacheco e o Mandetta me jantam. Para disputar uma vaga dentro do partido, você precisa ter habilidade política e fazer coisa que eu não sei fazer”, comentou Datena ao portal.
O apresentador hoje enxerga mais possibilidades de disputar o governo de São Paulo. “Dá para disputar e ganhar, se eu sair por esse partido (União Brasil), que tem dinheiro e tempo de televisão”. Mas Datena sabe que o ex-governador Geraldo Alckmin tem conversado com a legenda e pode ficar com a vaga.
Com o cenário incerto, Datena considera que, na pior das hipóteses, vai disputar uma vaga ao Senado. “Tenho convite do Patriotas para a Presidência. Mas não dá para enfrentar uma campanha grande dessas sem ter uma estrutura e uma coligação razoável”.
Outra opção considerada pelo apresentador é sair candidato ao governo de São Paulo pelo PDT. O presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, já disse que ofereceu três possibilidades a Datena: ser vice de Ciro Gomes, candidato a governador de São Paulo ou ao Senado. O apresentador considera “remota” a chance de ser vice na chapa de Ciro, pois acha que o PDT buscará composição com outro nome.
“Não quero que pensem que eu sou o fodão, mas eu tenho muito mais chance de ganhar do Alckmin e do (Fernando) Haddad para o governo de São Paulo porque os dois estão desgastados”, diz Datena. “O (Guilherme) Boulos é o adversário a ser batido. Talvez seja o cara mais preparado entre esses todos”.
Datena, porém, garantiu que não desistiu da presidência. “Se me derem condição, oportunidade, de disputar a Presidência, eu vou disputar. E vou pro pau”.