A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nesta quinta-feira (30), mostrou que o desemprego atingiu 14,1 milhões de brasileiros no trimestre encerrado em julho. A taxa de desocupação é de 13,7%, um ponto percentual a menos comparado ao trimestre encerrado em abril e 0,4 p.p em relação ao trimestre encerrado em junho.
Apesar do recuo, o número de desempregados ainda é 7,3% maior em comparação com o mesmo trimestre de 2020. Na época, o Brasil tinha 13,1 milhões de desempregados entre os meses de maio e julho.
A população ocupada subiu 3,6% neste último trimestre de 2021. No total, são 89 milhões de pessoas ocupadas. Assim, o nível de ocupação subiu para 50,2% da população em idade para trabalhar. “Essa é a 1ª vez, desde o trimestre encerrado em abril de 2020, que o nível de ocupação fica acima de 50%, o que indica que mais da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país”, afirma Adriana Beringuy, analista da Pnad do IBGE.
Esse aumento da população ocupada foi o principal motivo para o recuo do desemprego. Esse crescimento foi impulsionado pelo trabalho informal. São 36,3 milhões de pessoas sem carteira assinada, sem CNPJ ou de trabalhadores sem remuneração. Isso significa uma taxa de 40,8%, no trimestre anterior o percentual era de 39,8%. Outro problema é que o rendimento médio não acompanhou o crescimento da população ocupada. O rendimento médio ficou em R$ 2.508. A renda teve queda de 2,9% frente ao trimestre anterior. A queda foi ainda maior em comparação com o mesmo trimestre de 2020, de 8,8%.
Por outro lado, o número de empregos com carteira assinada no setor privado também avançou. O emprego formal cresceu 3,5%, o que significa mais 1 milhão de pessoas e totaliza 30,6 milhões no trimestre até julho. A população subutilizada também teve uma queda de 4,7%. A subutilização inclui as pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas ou na força de trabalho potencial. No total, representam 28% da força de trabalho.
Com informações do Poder 360.