A Câmara dos Deputados aprovou um projeto (PL 562/20) que cria o Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos em Situação de Emergência Social. O texto altera a Lei Orgânica da Assistência Social.
A comissãoacolheu o parecer favorável da relatora, deputada Vivi Reis (Psol-PA). “Não são poucas as situações de emergência social que o País e o mundo têm vivido no estágio atual da civilização humana, em que riscos diversificados são criados em número e magnitude cada vez maiores”, observou Vivi Reis.
O texto, de autoria da Comissão de Seguridade Social e Família, surgiu a partir da falta de uma definição legal sobre casos de emergência social e da ausência de políticas de apoio, orientação e acompanhamento a famílias e indivíduos que tenham direitos fragilizados ou violados em condições adversas.
Assim, a proposta define a emergência social como aquela situação imprevista que demanda atenção estatal urgente. São exemplos os desastres, as epidemias e as pandemias, os movimentos migratórios em razão de conflitos armados, e as crises econômicas que afetem o acesso aos mínimos existenciais.
“Nos últimos anos, o Brasil se deparou com situações que ensejaram a atuação imediata do Sistema Único de Assistência Social (Suas), como o movimento migratório de venezuelanos para Roraima e o rompimento da barragem em Brumadinho, em Minas Gerais”, explicou a comissão ao apresentar a proposta.
A proposta prevê a elaboração do Plano Familiar de Atendimento (PFA), com a participação da família ou do indivíduo, em que serão estabelecidos objetivos para reinclusão social, com garantia de acesso a programas socioassistenciais e políticas públicas setoriais que contribuam para a consecução daquelas metas.
O projeto ainda será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois seguirá para o Plenário.