Mercado financeiro faz projeção de inflação para 7,58% e crescimento de 5,15% no PIB de 2021

O mercado financeiro aumentou, pela 22ª semana consecutiva, a projeção para a inflação do país para 2021. A previsão do mercado financeiro para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu de 7,27% para 7,58%. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda feira (06), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central, com a projeção para os principais indicadores da economia.

As perspectivas atuais dos economistas indicam que a inflação oficial será de 3,83% acima da meta deste ano, de 3,75%. Também é 2,33% pontos percentuais superior ao teto do limite definido pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), de 5,25%.

Para 2022, a estimativa de inflação subiu de 3,95% para 3,98%. Para 2023 e 2024, as previsões são de 3,25% e 3%, respectivamente.

Em julho, a inflação subiu 0,96%, o maior resultado para o mês desde 2002, quando a alta foi de 1,19%. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 4,76%, no ano, e 8,99%, nos últimos 12 meses. Os dados de agosto devem ser divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística na próxima semana, mas o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, registrou inflação de 0,89% neste mês, a maior variação do IPCA-15 para um mês de agosto desde 2002 (1%).

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 5,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2021 em 7,5% ao ano. Para o fim de 2022, a estimativa é de que a taxa básica mantenha esse mesmo patamar. E tanto para 2023 como para 2024, a previsão é 6,5% ao ano.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central reduziram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 5,27% para 5,22%. Para 2022, a expectativa para Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 2%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,5%.

A expectativa para a cotação do dólar subiu de R$ 5,10 para R$ 5,15 para o final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,20.

Com informações da Agência Brasil.