Fugas, crises convulsivas e morte súbita. Não é coincidência que, nos períodos juninos e nas festas de final de ano, o número de animais que apresentam esses e outros quadros negativos dispara: a queima de fogos afeta inúmeras espécies de animais domésticos e silvestres, assim como a humanos, em especial àqueles que pertencem a grupos com particularidades auditivas ou neurológicas, idosos e bebês.
Preocupada com a saúde desses grupos, a vereadora e defensora dos direitos dos animais Andreza Romero (PSB) faz um alerta para o uso de artefatos e fogos de artifício barulhentos. Em 2021, a vereadora articulou a proibição da utilização dos fogos com estampido em eventos públicos promovidos pela Prefeitura do Recife. Andreza assinou simbolicamente o Decreto 35.049.
De acordo com Andreza, o barulho assusta e provoca ansiedade nos animais, levando em conta que eles já possuem grande sensibilidade auditiva. “É preciso ter o cuidado com a saúde desses seres. Muitas dessas explosões podem provocar distúrbios cardíacos e desencadear outros problemas”, informa a vereadora. Andreza ressalta ainda que, além dos animais, os fogos de artifício com estampido são prejudiciais para as pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e demais comorbidades.
LEI ESTADUAL
Além da mobilização no Recife, Andreza já procurou a Arquidiocese de Olinda e Recife pedindo que a organização recomende às suas igrejas o uso de fogos sem estampido em suas celebrações religiosas e, agora, a vereadora encaminhou ao Governo do Estado um ofício pedindo a regulamentação da Lei 17.915/2021, que proíbe a queima e a soltura de fogos com estampidos em todo o território pernambucano e a utilização de qualquer artefato ruidoso em unidades de proteção ambiental. De acordo com a lei, quem descumprir a norma terá que pagar entre R$500 e R$100 mil reais, a depender das circunstâncias da infração.