O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que vai encaminhar a reforma do Imposto de Renda junto com o Orçamento da União de 2024, porque um dependeria do outro para ambos serem aprovados.
Só que a ala política no Palácio do Planalto e no Congresso avalia que esse não é o melhor momento para se discutir a reforma do IR. Motivo: é um tema polêmico, que vai aumentar o Imposto de Renda de alguns setores da classe média e também do empresariado.
Na avaliação de assessores de Lula e líderes no Congresso, a reforma do Imposto de Renda tem potencial para gerar muita controvérsia e atrapalhar a votação da reforma tributária, classificada como a prioridade das prioridades no segundo semestre.
A equipe econômica alega que a reforma do IR começaria a ser votada na Câmara, não atrapalhando o Senado na tramitação da reforma tributária.
A ala política alega, porém, que a reforma do IR na Câmara vai acabar tirando o protagonismo do Senado neste segundo semestre, e isso poderia colocar em risco a aprovação ainda neste ano da simplificação do complexo sistema tributário brasileiro. A palavra final vai ser do presidente Lula.
A reforma do Imposto de Renda é a segunda etapa da tributária, e vai propor o aumento da faixa de isenção do IR da pessoa física e criar a tributação sobre a distribuição de lucros e dividendos. Além disso, a meta da reforma é também reduzir o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica.