Nos meios políticos, já se dá como prego batido e ponta virada a saída do deputado estadual Cleiton Collins do PP de Eduardo da Fonte, deputado federal pelo PP e presidente da legenda em Pernambuco.
Em um périplo em Brasília, Collins manteve negociações com Luciano Bivar (União Brasil) e FBC, além de Valdemar da Costa Neto, cacique do PL de Anderson Ferreira, além de emoldura-se ao lado do presidente para as redes sociais.
Ao blog, o pastor respondeu dizendo que fica no PP e vai trabalhar para fazer uma bancada forte em Pernambuco, inclusive pela eleição da sua esposa, Michelle Collins, para deputada federal. A candidatura, diz Cleiton Collins, conta com apoio de Eduardo da Fonte e Ciro Nogueira.
Na tentativa de rebatendo os rumores, Eduardo da Fonte publicou um registro de uma reunião em Brasília. Nela, seu filho, Lula da Fonte, aparece numa mesa com o pastor Cleiton Collins e vereadora Missionária Michele Collins (Recife). Também estão presentes na foto o vereador Anderson Correia (Caruaru) e Alef Collins. Eles trataram, segundo o deputado federal, da montagem das chapas proporcionais para a Câmara dos Deputados e Alepe.
Para permanecer no partido, Collins tem solicitado ter o teto da ajuda partidária, além da segurança da oferta da legenda para Michelle Colins. Dudu da Fonte teria resistido porque, caso seja bem votada, Michelle Collins poderia tomar a vaga do filho candidato a federal.
Com a entrada da família Tércio na política, os Collins vem sofrendo perdas nas urnas e até ensaiaram radicalizar o discurso, para não perder pontos com os evangélicos. Michele quase não se reelege vereadora na ultima eleição. “Os Collins sabem que no PP eles não tem fundo eleitoral e nem tempo de TV para se eleger caso lancem Michele para federal”, afirma uma fonte do blog. “… após a queda de votos de Cleiton na eleição de 2018, Eduardo teria desprestigiado o aliado diminuindo o seu espaço nas estruturas que o PP dispõe no Governo do Estado e Prefeitura do Recife”.
Curiosamente, também o PL de Anderson Ferreira disputa o passe do parlamentar evangélico. Nesta terça-feira, com alarde, os Collins estiveram em um evento com a bancada da Bíblia no Palácio do Planalto, a convite do próprio presidente Bolsonaro.
“Foi uma agenda de unidade e reforço, uma agenda de proteção às famílias”, explicou ao blog, enigmático o pastor e político.
Nesta semana, o PP perdeu dois parlamentares estaduais para partidos de oposição. O primeiro deles foi Joel da Harpa, que aliou-se a Anderson Ferreira, prefeito de Jaboatão e candidato do PL de Bolsonaro ao governo do Estado. Pode vir mais defecções por ai.
Os Ferreira estão pistola contra Eduardo da Fonte e encontraram um meio de dar um troco nele. Há algumas semanas, Eduardo da Fonte havia anunciado a atração de uma candidata para reforçar a chapa estadual. Fora os problemas internos, Eduardo da Fonte ainda enfrenta forte oposição de caciques da Frente Popular e até da oposição.
“Na oposição o grande adversário de Eduardo da Fonte tem sido o deputado federal André Ferreira. Ele ficou irritado com os assédios às suas bases por parte do líder do Progressista e também tem revidado retirando lideranças do PP, como foi o caso do deputado estadual Joel da Harpa e da pré-candidata Rebeca Lucena, suplente que obteve mais de 15 mil votos na eleição de 2018 pelo PP e que até pouco tempo estava com Eduardo mais vai ingressar no PL”.
No caso de Collins, sendo eles adversários dos Tércio na política de Jaboatão, é provável que não rumem para o União Brasil, para onde os Tércio devem se mudar. Clarissa Tércio deixará o PSC para estar ao lado de Miguel Coelho. Já Júnior Tércio deixará o Podemos para estar ao lado do prefeito de Petrolina.
“(Na formação da chapa, as pessoas sabem que) Dudu da Fonte não fará dois deputados federais. É bem provável que, depois, ele tire o filho e não dê voto ao adversário interno (Fernando Monteiro, deputado federal pelo PP que também busca a reeleição).
Briga com João Campos e o PSB- Um sinal do suposto enfraquecimento diante dos aliados: há meses, Eduardo da Fonte pede a cabeça da secretária de Habitação do Recife e é ignorado.
“Um desprestígio, já que o nome foi indicação dele mesmo. Talvez, isto seja em retaliação à puxada de tapete que ele tentou dar em João Campos, quando pediu e tentou barganhar o apoio da base a Marília Arraes secretamente. Ofereceu quantias surreais para que nomes do PP não declarassem apoio ao filho de Eduardo Campos no segundo turno em 2020”.
Com informações do Blog do Jamildo