O Blog do Jorge Lemos conversou com o presidente estadua da União Brasil, Frederico França, que fez uma explanação dos preparativos do seu partido para as eleições de 2022 no Estado. A legenda tem a candidatura de Miguel Coelho, prefeito de Petrolina, ao Governo de Pernambuco. Frederico falou da fusão do PSL com o DEM e fez uma análise da conjura política. O presidente da União Brasil confirmou sua pré candidatura a deputado federal.
Jorge Lemos – Como a União Brasil tem se preparado para as eleições de 2022 em Pernambuco?
Frederico França – Nossa preparação não é de hoje, desde 2018 estamos trabalhando forte para criar lideranças no Estado de Pernambuco. Partimos dos municípios quando entrei como presidente estadual com a iminência de ter uma eleição estadual e fortaleceu o partido, crescemos e ampliamos a quantidade de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores aqui no Estado. São pessoas com qualidade, bem engajadas e fiéis ao partido. Nessa eleição estamos conseguindo montar uma chapa muito competitiva de federal e estadual. Hoje, estamos tendo que escolher entre os pretendentes das candidaturas porque está além das vagas e estamos com muito cuidado de selecionar os candidatos para conquistar o máximo que for possível de federais e estaduais aqui em Pernambuco. A nível de pré-candidatura ao governo temos a aposta de Miguel Coelho, que é a candidatura oficial da União Brasil, reunindo, crescendo e fortalecendo o seu nome, que está bastante badalado no Estado e com visibilidade perseguida.
Jorge Lemos- Qual a estratégia do partido para a eleição estadual e federal?
Frederico França – A estratégia é escolher bem os nomes. Temos pré-candidatos que já são de mandatos tanto federal como estadual e queremos segurar o máximo possível esses que têm mandato aqui dentro do partido. Sabemos que é difícil alguns nomes ficarem, a exemplo da Priscila Krause que já externou a vontade de sair do partido antes mesmo da finalização da União Brasil. Temos muitos nomes na chapa para poder formar entre seis a sete deputados estaduais e três a quatro deputados federais. Há uma tendência de melhorar nossa chapa através de nomes que estão chegando que têm potenciais melhores de voto, que a gente tem a plena convicção que podemos fazer ainda mais deputados federais e estaduais no final do pleito deste ano.
Jorge Lemos – Em relação à federação, você acha que passa essa federação com o MDB?
Frederico França – A federação com o MDB é a que está mais adiantada,
mesmo assim está enfrentando algumas desistências nos estados Brasil afora porque existem algumas divisões internas em todos os partidos e no MDB não é diferente. Essas divergências acabam demorando um pouco na decisão da formalização da federação união Brasil com o MBD. É possível ser feita sim, mas existe outro caminho a ser trilhado.
Jorge Lemos – Vocês têm o nome imposto que é o de Miguel Coelho, em relação a esses diálogos com a frente popular, a candidatura vai pra frente ou vocês podem voltar para a frente popular?
Frederico França – A Frente Popular sempre teve um diálogo com o nosso presidente nacional Luciano Bivar, esse diálogo sempre foi cortês, de amizade, mas para chegar em um cenário político existe um caminho muito grande a ser trilhado. Hoje, temos uma pré-candidatura posta e não temos motivos para estar junto da frente popular pois seria incoerente da nossa parte. Hoje, temos uma pré-candidatura e ela é de oposição.
Jorge Lemos – Em relação a Luciano Bivar qual o futuro político dele? Candidato à reeleição ou deve partir para outra frente?
Frederico França – É uma decisão que cabe exclusivamente a ele, ele ainda não se decidiu. Luciano será o primeiro a falar, nós do partido queremos que ele alcance o voo mais alto possível de presidência, vice-presidência, senado, vice-governadoria. O cargo que ele escolher seguir e de conjuntura favorável para sua eleição, estaremos juntos para trabalhar e ter o pernambucano nas majoritárias a nível de Brasil.
Jorge Lemos – Como o partido tem funcionado hoje em Pernambuco?
Frederico França – O partido hoje é composto por várias lideranças que não trabalharam juntas no passado, mas estamos fazendo um trabalho de diálogo, de reuniões, de início de trabalho conjunto, respeitando as diferenças, respeitando principalmente os grupos políticos de cada um, com conversas de crescimento e formação de um grupo maior. Agora não tem mais PSL, DEM, hoje é União Brasil, estamos no mesmo barco e é nesse sentido que a gente está seguindo, com uma estrutura muito mais forte. É a nossa esteira que eu falo é de pessoal, experiência política, de gestão e nomes fortes e competitivos para a gente fazer a diferença no Estado.
Jorge Lemos – Você acha que a União Brasil tem chances de se juntar com o presidente Bolsonaro para a reeleição?
Frederico França – Na política tudo é possível, hoje eu vejo como mais distante do que no ano passado. Com a formalização da União Brasil e o possível apoio ao Sérgio Moro ou de um lançamento de uma candidatura própria, que é nosso objetivo, com candidatos competitivos. Vários já se colocaram à disposição para abrir mão do seu nome a favor de um único nome, acontecendo isso, automaticamente fecham-se as portas para apoiar o presidente Jair Bolsonaro
Jorge Lemos – Em relação à sua pré candidatura, você é candidato a deputado federal, estadual?
Frederico França – A gente vem trabalhando forte politicamente dentro do partido, ajudando o partido. Nosso nome está à disposição como pré-candidato a federal, desenvolvendo nossas bases, trabalhando, ampliando e construindo um partido de forma isenta, e dessa forma nossa pré candidatura vem para fazer diferença dentro do partido é disputar com igualdade com todos que estão presenteando ser eleitos no partido.
