João Lyra (PSDB) compartilhou suas considerações sobre o resultado das prévias do seu partido e a situação da aliança feita em Pernambuco após a filiação de Bolsonaro ao PL. Para o ex-governador, a composição de Raquel Lyra (PSDB) com Anderson Ferreira (PL), prefeito de Jaboatão, fica inviável. A avaliação vai de encontro ao discurso de Armando Monteiro (PSDB).
Apesar de ter apoiado Eduardo Leite nas prévias do PSDB, marcada por problemas e rachas, Raquel Lyra não deve ser afetada negativamente pela vitória de João Doria, na avaliação de João Lyra.
“Seja qual fosse o candidato, todos os três candidatos declararam a intenção prévia de apoiar Raquel. E João Dória sempre ratificou isso, e tem ratificado. E com certeza, tenho absoluta confiança, que, se Raquel for candidata, ele estará junto conosco”, disse, elogiando também Eduardo Leite pela sua “maturidade política”.
Para o ex-governador, o impacto real vem da filiação de Jair Bolsonaro ao PL, partido dirigido em Pernambuco por Anderson Ferreira, aliado de Raquel Lyra.
“Se a decisão de Anderson Ferreira for de permanecer no PL, ele com certeza votará no presidente Bolsonaro na sua reeleição. Então há uma impossibilidade política dessa aliança, porque Raquel Lyra não votará em Jair Bolsonaro, nós temos um pré-candidato à presidência, que é o governador João Doria. Deve haver outro alinhamento, não só com partidos como Cidadania, mas outros a serem revelados. (…) Torna-se inviável a composição para Governo do Estado em 2022”, comentou João Lyra.