O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que disputa as prévias do PSDB para decidir quem será o candidato do partido à Presidência da República, acusou nesta segunda-feira (22), seu oponente, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de comprar votos.
“Não há nenhuma denúncia de tentativa de compra de votos do nosso lado, nenhuma denúncia de pressão política, nenhuma denúncia de que tenhamos exonerado pessoas por não nos apoiar. Do outro lado, nós vemos isso, denúncia de compra de votos, pressões indevidas, suspensão de filiações e demissão de pessoas”, afirmou Leite.
Leite diz ainda que Doria “fala até em expurgar pessoas do partido, é um tipo de conduta que busca comandar aquilo que interessa para ele. Os que não estiverem alinhados que saíam da frente do caminho”.
O coordenador de campanha de Doria nas prévias, Wilson Pedroso, afirmou que “as infundadas acusações da campanha de Eduardo Leite demonstram o desespero de quem prevê a derrota”. Segundo ele, Leite “trabalha para melar as prévias”.
A prévia do partido foi marcada por rachas e confusões, entre elas instabilidades no aplicativo de votação. O pleito, que deveria ser encerrado às 18h deste domingo, foi adiado. Doria e Virgílio querem que a disputa seja retomada no próximo domingo (28). A fundação que fez app das prévias do PSDB diz estar investigando problema.
O governador de São Paulo disse durante a entrevista que o PSDB vai passar por um processo de “depuração”. Ele citou os nomes de integrantes importantes da sigla que não conseguiram votar, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, os senadores José Serra e Mara Gabrili, e o próprio Virgílio.
