Tadeu Calheiros vota contra requerimento que trata de violência obstétrica
O plenário da Câmara do Recife aprovou nesta terça-feira (19) o requerimento, de autoria da vereadora Dani Portela (PSOL), que pede à Secretaria de Saúde da capital que averigue a existência de práticas sistemáticas de violência obstétrica nas maternidades municipais e tome providências para combatê-las. Durante a discussão da matéria, o vereador Tadeu Calheiros (Podemos), que havia pedido vista do requerimento anteriormente, se posicionou contrariamente à proposta. De acordo com ele, o termo ‘violência obstétrica’ seria ofensivo à categoria médica. No texto de justificativa de requerimento, Dani Portela menciona um caso que teria ocorrido na maternidade Barros Lima. De acordo com a parlamentar, uma parturiente teve o seu direito de acompanhamento no parto restrito e a bolsa estourada por meio de empurrão na barriga. De acordo o relato, a equipe do atendimento teria suscitado o uso do procedimento de episiotomia, considerado pela Organização Mundial da Saúde uma prática de mutilação genital. Ao analisar o requerimento, Tadeu Calheiros disse que concordava com diversos pontos do requerimento. “No contexto geral, vimos as coisas sob a mesma ótica, sobretudo no tocante à falta de laboratórios, de pré-natal, de insumos. Isso deve ser levado à Prefeitura para termos um serviço de saúde estruturado e que dê condições para que os profissionais exerçam plenamente os atendimentos”. Mas, de acordo ele, além de a comunidade médica ter ressalvas com o termo ‘violência obstétrica’, o requerimento seria problemático por indicar que a prática é generalizada na saúde municipal. “Apesar do termo ser referido pela OMS, a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia acha o termo extremamente ofensivo. Leva à conotação de que o médico obstetra está fazendo algo violento”, considerou. “Logo na sua parte inicial, o requerimento diz que foi baseado em um relato. A gente lembra que o serviço público de saúde atende centenas por dia. Ao darmos uma conotação política, dá a entender que há uma prática contumaz”. O parlamentar não deixou de afirmar que abusos e desvios devem ser investigados. “Todo ato que ocorra dentro do serviço e sobre o qual há suspeita de prática inadequada deve ser reportado e ter um processo administrativo. Se a prática for de determinado profissional de saúde, deve ser reportado ao seu conselho de classe”.
‘Chegou o momento de discutir com responsabilidade o armamento da Guarda Municipal do Recife’, defende Marco Aurélio Filho
A segurança pública voltou a ser tema na reunião plenária remota da Câmara Municipal do Recife nesta terça-feira, 19 de outubro. O vereador Marco Aurélio Filho (PRTB) defendeu mais uma vez a importância de discutir com “maturidade e responsabilidade” o armamento da Guarda Municipal, para que os agentes possam colaborar ainda mais na segurança na capital pernambucana. “É necessário buscar caminhos e alternativas para combater a criminalidade na nossa cidade. A gente não pode se abster e deixar esse debate apenas para o âmbito estadual”, defendeu Marco Aurélio Filho. O parlamentar destacou a aprovação na Câmara de um requerimento de sua autoria que propõe a Prefeitura do Recife a criação de um Grupamento Especial da Guarda para atuar armada em alguns pontos estratégicos da cidade, como locais turísticos, comércio e corredores de ônibus. “Nossa discussão não é simplesmente sobre o porte de arma. Precisamos discutir de que forma a Guarda Municipal vai agir em relação a segurança pública da nossa cidade. Nós temos um efetivo que está pronto para ajudar a combater a criminalidade. Posso dar meu testemunho que a Guarda Municipal do Recife já faz isso com ‘unhas e dentes’” , argumentou o vereador. Marco Aurélio Filho parabenizou ainda o trabalho que tem sido desempenhado por Murilo Cavalcanti, Secretário de Segurança do Recife, e pelo comandante da Guarda Municipal, Marcílio Domingos.
Recife se torna primeira capital do país a ter legislação própria para formulação de Conselho de Cultura de Paz e Justiça Restaurativa
O prefeito João Campos sancionou, na última quarta-feira (13) a Lei de Cultura de Paz e Justiça Restaurativa do Recife. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Recife e faz a capital pernambucana ser a primeira no Brasil a ter uma legislação que resultará na formulação de um Conselho Municipal de Cultura de Paz e Práticas Restaurativas, novo organismo de controle social que abrange todas as áreas das competências municipais. A nova legislação também estabelece diretrizes para adoção de medidas de forma transversal em diversas Secretarias como Saúde, Educação, Mulher, Cultura e Mobilidade, além de Segurança Cidadã, entre outras. A partir da sanção, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Segurança Cidadã, poderá consolidar um Conselho Municipal de Cultura de Paz e Práticas Restaurativas, que, entre as premissas, promoverá ações de comunicação não violenta para professores e agentes de trânsito, práticas integrativas na saúde, criação de uma política de formação continuada de Cultura de Paz para funcionários do poder executivo, realização de círculos restaurativos nos presídios, realização de oficinas contra bullying e outras formas de violência. A construção do Projeto de Lei, que partiu do Executivo municipal, começou na I Conferência Municipal de Cultura de Paz e Justiça Restaurativa, realizada em dezembro de 2019, na Universidade Católica de Pernambuco, quando instituições públicas e privadas debateram a construção de caminhos e soluções para as dificuldades encontradas no campo da segurança, da justiça e dos direitos humanos no município. Na plenária final, após dois dias de debate, foram aprovadas 123 propostas contemplando seis eixos com foco na Cultura de Paz; nas Práticas Restaurativas e transformações de conflitos; nos Direitos Humanos e relações étnico raciais, gênero, sexualidade e populações vulneráveis; na participação social e protagonismo cidadão; na comunicação e na formação. A população em geral também participou da construção da minuta, que esteve disponível até agosto de 2020 para consulta e considerações no Portal da Transparência da Prefeitura do Recife.
Sirinhaém: Governo Municipal e JCPM dão início à requalificação de avenida na praia de Guadalupe
O grupo JCPM, que idealizou um importante empreendimento no litoral sirinhaense, anunciou o início da requalificação da Avenida Hilda de Queiroz. As obras visam reorganizar e qualificar o acesso à praia de Guadalupe, tornando o destino ainda mais cômodo e atrativo e representa um investimento de compensação ambiental pactuado pelo grupo JCPM junto à CPRH, a SEMAS e ao Governo Municipal. A solenidade de início das obras contou com a participação do Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado de Pernambuco, José Bertotti; do Diretor do Grupo JCPM, Francisco Bacelar; do secretariado municipal de Sirinhaém, da prefeita Camila Machado e de populares. A prefeita Camila Machado destaca a importância da obra por contribuir para o desenvolvimento urbano e aquecer o potencial turístico em parceria com a iniciativa privada, promovendo o desenvolvimento de forma sustentável. A requalificação da Avenida Hilda Queiroz, importante via de acesso à praia de Guadalupe, ocorre em sintonia com o anúncio do Governo do Estado da requalificação da PE009 e da PE061, duas importantes vias de acesso às praias de Sirinhaém. O cumprimento dos termos de compensação ambiental somado aos esforços de investimentos estruturais por parte do poder público, com estreitamento do diálogo com o grupo JCPM reascende a esperança e a expectativa de que o grandioso empreendimento do grupo vire uma exitosa realidade. Essas conquistas apontam para um tempo de grandes investimentos e oportunidades que projetam Sirinhaém como um novo destino turístico do litoral sul de Pernambuco.
Suape lança projeto de inclusão produtiva
Na manhã desta terça-feira (19), Suape lançou o projeto Quintais Ecoprodutivos, que será desenvolvido em parceria com a Cáritas Nordeste 2, instituição vinculada à Igreja Católica, para fomentar e desenvolver pequenos espaços de agricultura familiar nas proximidades das residências dos futuros beneficiados pelo programa. O Projeto gerará renda para 300 famílias em situação de vulnerabilidade social de comunidades localizadas no território do Complexo Industrial Portuário de Suape e em sua área de influência, totalizando 8 municípios: Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Escada, Moreno, Rio Formoso, Sirinhaém e Ribeirão. a empresa O lançamento aconteceu às 10h, na área externa do edifício-sede da estatal portuária. O programa terá duração de 18 meses, com a implantação de 100 quintais por semestre. O investimento total é de R$ 2,7 milhões. Haverá um processo prévio de identificação das famílias a serem beneficiadas com as 24 oficinas de capacitação técnica e, posteriormente, com a criação dos espaços produtivos. O projeto Quintais Ecoprodutivos é fruto de duas ações bem-sucedidas implementadas por Suape nos últimos anos: o Tô na Feira e os Laboratórios de Ecotecnologia. O primeiro, lançado em 2017 e que já acumula 11 edições, foi criado para fortalecer a relação da empresa com as comunidades locais e dar oportunidade para os agricultores e artesãos produzir, divulgar e comercializar seus produtos. Em 2020, seteLaboratórios de Ecotecnologia foram instalados nascomunidades da Praia de Gaibu, Nova Vila Claudete, Massangana, Assentamentos Bruno Maranhão (Sacambu) e Ximenes. Nesses locais, as famílias vêm aprendendo a cultivar diversos alimentos, como hortaliças e frutas, e a comercializar produtos derivados de sua produção. Durante o lançamento do projeto, os convidados receberam sacolas ecológicas e puderam selecionar alguns alimentos orgânicos e experimentar algumas iguarias produzidas nessas comunidades. Para isso, vários bancos de feira foram estrategicamente instalados no pátio externo da empresa. Vários agricultores participaram da iniciativa. Banana, tomate, laranja, alface, batata doce, rúcula, abacaxi, maracujá, entre outros alimentos, deram um colorido especial ao evento. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Geraldo Julio, o projeto terá forte impacto na vida das comunidades e poderá ser ampliado para outras 150 famílias. “Os Quintais Ecoprodutivos ajudarão as pessoas a desenvolver e a utilizar os pequenos espaços no entorno das residências para a produção de alimentos de maneira sustentável. Esperamos contribuir para a segurança alimentar e para a inclusão socioprodutiva dessas famílias, gerando oportunidades de renda e trabalho para aqueles em situação de vulnerabilidade social”, explicou o secretário. Para o diretor-presidente de Suape, Roberto Gusmão, o projeto está alinhado com a visão estratégica da empresa defomento à sustentabilidade ambiental e de desenvolvimento das comunidades existentes na área do seu território. “É uma grande alegria podermos iniciar uma ação tão transformadora, baseada na inclusão social e geração de oportunidades, em sintonia com a governança implementada na empresa. Em Suape, acreditamos que essa é a base do desenvolvimento”, pontuou Gusmão. De acordo com o diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Suape, Carlos Cavalcanti, o projeto está inserido dentro da estratégia socioambiental do complexo. “Na primeira fase, montamos os laboratórios de ecotecnologias. Nessa segunda etapa, expandimos para 300 famílias esse processo de produção de alimentos. Pelo contrato, vamos implantar os quintais ecoprodutivos até o final de 2022, possibilitando a criação de uma rede de produção local de alimentos, de maneira sustentável, com foco na agricultura orgânica. Dessa maneira, será possível viabilizar a comercialização dessa produção”, explica o diretor. O bispo auxiliar da Arquidiocese de Olinda e Recife, dom Limacêdo Antonio, também participou da assinatura do convênio, cuja solenidade contou com a presença do secretário Geraldo Julio; do diretor-presidente de Suape, Roberto Gusmão; políticos e representantes dos municípios e diretores da estatal portuária. “É uma grande alegria para nós, da Igreja, participarmos de um projeto tão importante, que ajude essas famílias a ter comida na mesa e renda mensal. Trabalharemos todos juntos para que a iniciativa seja um sucesso e possa beneficiar ainda mais outras famílias”, salientou religioso. “A segurança nutricional é uma das áreas de atuação da Cáritas Nordeste 2. Os projetos desenvolvidos priorizam a construção de sistemas coletivos para a promoção da autonomia alimentar e de produção para as famílias. Nessa perspectiva, esse projeto, por meio da implantação dos quintaise dos processos formativos como oficinas e capacitações, será de grande importância, considerando o contexto da fome, que se tornou atualmente um problema grave no Brasil. Essaparceria contribuirá para a garantia do direito dessas famílias a ter acesso a alimentos de qualidade e às políticas públicas em curso em Pernambuco”, salientou Neilda Pereira, secretária-executiva da Cáritas Brasileira Nordeste 2. A Cáritas Internacional é uma confederação com mais de 170 organizações-membro. Está presente nos cinco continentes. Tem sede em Roma (capital italiana), de onde coordena operações de emergência e propõe políticas para corrigir as desigualdades. A Cáritas Brasileira foi fundada em 12 de novembro de 1956 e sua origem está na ação mobilizadora de Dom Hélder Câmara, então secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O religioso, que faleceu em 1999, é arcebispo emérito de Olinda e Recife. As áreas de atuação representam a diversidade de atividades que a Cáritas realiza no país. São cinco áreas prioritárias: Economia Popular Solidária (EPS), Convivência com Biomas, Programa de Infância, Adolescência e Juventude (Piaj), Meio Ambiente, Gestão de Riscos e Emergências (Magre) e Migração e Refúgio. Na instituição, a Economia Popular Solidária (EPS) é uma importante articulação que integra campo, floresta e cidade na construção de alternativas que gerem processos coletivos e autogestionários, visando a inclusão social e produtiva de pessoas e famílias vulneráveis afetadas pela pobreza e difícil acesso mercado de trabalho.
STF rejeita ação contra atos e falas do presidente durante a pandemia
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por 8 votos a 2, rejeitar a abertura de uma ação de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) que questionava atos e falas do presidente Jair Bolsonaro sobre a pandemia de covid-19. O processo foi julgado no plenário virtual, em que os ministros têm alguns dias para votar de modo remoto e sem debate oral. Nesse caso, a sessão de julgamento durou dez dias e se encerrou às 23h59 de ontem (18). Ao final, prevaleceu o entendimento da relatora, ministra Rosa Weber, que rejeitou a ação por entender ser inadequada a abertura de ADPF no caso. Ela também considerou a peça inicial inepta por não especificar exatamente quais atos estariam sendo questionados e tampouco quais medidas objetivas gostaria de ver tomadas. Ela foi seguida pelos ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Nunes Marques, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Luiz Fux. Foram votos vencidos os ministros Ricardo Lewandowski e Edson Fachin, para quem haveria ameaça a preceitos fundamentais nos atos e falas presidenciais. A ação foi apresentada pelo PSOL em maio do ano passado. O partido argumentou que o presidente e seu governo violam a Constituição ao minimizar a pandemia de covid-19, manifestando-se, por exemplo, contra o isolamento social e o uso de máscaras. A legenda pediu ao Supremo que ordenasse o presidente e os membros de seu governo a “pautarem seus atos” de acordo com o direito fundamental à saúde e os preceitos do Estado Democrático de Direito. Para Rosa Weber, esse tipo de pedido genérico não faz sentido, uma vez que o cumprimento da Constituição já é pressuposto de qualquer cargo público. Decisão nesse sentido seria “destinada apenas a reafirmar aquilo que resulta da própria ideia de Estado Constitucional de Direito”, escreveu a ministra. A relatora também criticou a falta de especificidade dos atos questionados. Para ela a peça inicial manifesta “inconformismo genérico com o governo federal”, não sendo capaz de apontar com objetividade qual seria o alvo da intervenção judicial. “Não apenas os fatos apontados como justificadores da instauração deste processo de controle concentrado são mencionados de maneira vaga e imprecisa, mas o próprio pedido deduzido pelo autor é incapaz de individuar o objeto da tutela pretendida”, escreveu a ministra. Em outro trecho, a relatora escreveu que “na realidade, a pretensão dirige-se contra atos futuros e incertos a serem praticados por ocasião de eventos ainda desconhecidos”.
Comprovante de vacinação será exigido para entrada nos prédios do TRT
O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT6) informou, nesta terça-feira (19), que exigirá o comprovante de vacinação atualizado para entrar nas unidades a partir do dia 25 de outubro. O Ato Conjunto 18/2021 foi aprovado por unanimidade na sessão administrativa do Pleno nesta segunda-feira (18), e também prevê a abertura das secretarias das Varas do Trabalho para o público sem necessidade de agendamento. Estão incluídos na normativa os membros do Ministério Público, defensores públicos, servidores e estagiários dessas instituições, advogados, estagiários de Direito inscritos na OAB, funcionários de instituições bancárias, testemunhas, auxiliares e o público em geral. Será observado o cronograma de vacinação de cada município. A comprovação poderá ser feita pelo certificado emitido pelo aplicativo Conecte SUS ou pelo cartão de vacina impresso. O TRT informou que as exigências são válidas para maiores de 12 anos, de acordo com o cronograma municipal de vacinação por faixa etária, exceto quando houver a divulgação de protocolo contrário pelo Ministério da Saúde ou pelas secretarias estadual ou municipal de Saúde de cada localidade. Aqueles que possuem contraindicação para a imunização devem apresentar o relatório médico com a justificativa. Também é obrigatório o uso de máscara no local. Em nota, o Tribunal comunicou que “a decisão foi tomada levando em consideração aspectos técnicos. O abrandamento de regras de isolamento social adotado pelo Governo de Pernambuco, o avanço da vacinação no estado, o protocolo de segurança executado pelo Núcleo de Saúde do TRT6 e a Recomendação nº 101 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que trata da necessidade de garantir aos excluídos digitais o acesso à Justiça, são alguns dos exemplos”.
Conheça quem é quem na disputa pela presidência da OAB-PE
As Eleições para o novo presidente da OAB-PE será realizada no dia 16 de novembro e os advogados pernambucanos terão decidir entre duas chapas que, no momento, disputam o pleito de forma muito acirrada. As chapas são “Advocacia mais Unida”, encabeçada por Fernando Ribeiro Lins e Ingrid Zanella, e “Renova “OAB”, comandada por Almir Reis e Fernanda Resende. Conheça quem é quem na disputa: Advocacia mais Unida É a chapa que representa a situação, sendo apoiada pelo atual presidente Bruno Baptista. A atual vice-presidente da entidade, Ingrid Zanella, gostaria de lançar-se candidata à presidência do grupo explorando o argumento de que poderia ser a primeira mulher no comando da OAB local. Um grupo de aliados e aliadas ensaiou manifestos e reuniões, mas não teve sucesso. Bruno Baptista declarou o seu apoio em favor de Fernando Ribeiro. “O ex-presidente da OAB, Jayme Asfora, gravou um vídeo em apoio à Ingrid Zanella e isto ajudou os vários inimigos dele a definirem o apoio a Fernando.”, citou um experiente advogado e fonte na OAB. Fernando Ribeiro Lins Advogado cível e tributário, 48 anos, é o pré-candidato à presidência da OAB-PE pela situação. Define-se como um homem conciliador e de equipe. Com paciência, soube esperar a oportunidade para dar a sua contribuição, depois de ter atuado como presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de Pernambuco (CAAPE). Foi indicado para a CAAPE pelo atual presidente, Bruno Baptista, onde ele está terminando o terceiro mandato. Antes, foi secretário geral da OAB por três anos na gestão de Ronnie Duarte. Também foi secretário geral adjunto por três anos na gestão do ex-presidente Pedro Henrique. Ingrid Zanella Especialista em Direito Aduaneiro, 38 anos, é candidata a co-presidente na chapa de situação nas eleições na OAB. É uma figura expressiva no movimento, que até os adversários a apontam como a adversaria mais forte, caso fosse a cabeça de chapa, no lugar de Fernando Ribeiro Lins. A comparação visa obviamente desgastar o nome principal da chapa de situação, mas mostra um dado da realidade. A jovem advogada defende pautas inclusivas e questões de gênero, como a paridade entre homens e mulheres em um universo historicamente masculino. Renova OAB É a chapa de oposição na disputa pelo comando da OAB do Estado. Realiza um trabalho para desalojar o grupo de advogados que controla a entidade classista por 15 anos, desde 2006. Em 90 anos, a façanha da tomada do poder só foi realizada com Jayme Asfora, na disputa contra Júlio Oliveira, que buscava a reeleição, em 2006. Foi a primeira vez, desde a criação da OAB, que a oposição ganhava uma eleição. Hoje, Jayme Asfora, ex-vereador do Recife, está rompido com o grupo original. Naquela época, a OAB maneava R$ 5 milhões por ano. Hoje, cerca de R$ 36 milhões/ano. Almir Reis O advogado presidencialista, de 35 anos, sonha com a presidência da OAB-PE. No inicio da jornada, Almir conta que era apelidado pela situação de “aventureiro”. Em agosto, já havia palmilhado 128 cidades do Estado, em campanha. “Eu tinha quase 100% de intenção de voto no meu seguimento, mas era um ilustre desconhecido dos demais. Tinha 70% de desconhecimento em abril. Andei muito, me tornei conhecido e hoje incomodo. E sabe da razão? O sentimento de renovação me conecta à maioria”, afirma Almir Reis, ex-presidente da associação dos advogados previdenciários do Estado e vice-presidente nacional da congênere nacional. Fernanda Resende Quando Fernanda Resende decidiu ingressar no Direito, não imaginava que sua experiência formaria outros três mil advogados. Ela descobriu a vontade de ensinar entre as dificuldades do início de carreira como advogada independente e, duas décadas depois, concorre a vice-presidência da OAB com olhar especial para a jovem advocacia. Ao lado de Almir Reis, candidato à presidência, comanda a chapa Renova OAB. Fernanda Resende é Mestre em Direito Processual Civil pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), onde também fez seu curso de graduação como monitora, descobrindo sua vontade de ser professora. Sua pós-graduação foi em Direito Tributário pela UFPE.
Bolsonaro quer que Auxílio Brasil chegue a R$ 400
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) determinou que o Auxílio Brasil, nome dado à nova versão do Bolsa Família, chegue a R$ 400, valor superior aos R$ 300 do auxílio emergencial. O benefício criado para aliviar os efeitos econômicos da pandemia acaba no próximo dia 31. Como a Folha mostrou, a indefinição para uma saída do novo programa social aumentou a pressão sobre o ministro Paulo Guedes nos últimos dias. Em reunião na tarde de segunda-feira (18), no Palácio do Alvorada, ficou decidido que não haverá prorrogação do auxílio emergencial, como o chefe do Executivo havia sinalizado mais cedo. O governo também avalia que não é mais possível protelar o lançamento do novo programa. Segundo antecipou a coluna Painel da Folha, o governo marcou para 17h desta terça (19) o lançamento do Auxílio Brasil. O governo deve editar uma medida provisória para estabelecer uma parcela adicional e chegar ao valor do ticket pago hoje. Segundo interlocutores do presidente, há espaço no orçamento do Bolsa Família para pagar os R$ 300 neste ano a 17 milhões de pessoas. O desafio é chegar ao novo valor determinado pelo presidente. Técnicos da Economia agora se debruçam para encontrar uma fonte. Há uma possibilidade grande, segundo auxiliares, de que o custo para aumentar ainda mais o valor do sucessor do Bolsa Família fiquem de fora do teto de gastos, medida rechaçada por Guedes. Na reunião de segunda, Bolsonaro disse estar ciente dos riscos de furar o teto e de aumentar a inflação disponibilizando mais recursos para o programa social, mas foi incisivo ao determinar que os técnicos cheguem ao valor desejado. A ala política do governo também defende o pagamento de valor maior para o novo programa social. Para o presidente, com inflação de quase 10%, o benefício de R$ 300 é considerado baixo demais. Em cerimônia em São Roque (MG), na manhã de segunda-feira (19), Bolsonaro já havia dito, sem entrar em maiores detalhes, que “está batido o martelo no seu valor”. No fim de semana, ele se encontrou com Guedes, Roma, Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência) e Pedro Guimarães (Caixa Econômica) para discutir o tema. “Se Deus quiser, nós resolveremos esta semana a extensão do auxílio emergencial, como devemos resolver também esta semana a questão do preço do diesel”, disse, no evento. O preço dos combustíveis também foi tema discutido pelos técnicos em reunião no Palácio do Alvorada. O presidente também quer que a equipe econômica dê uma solução para diminuir o preço, em especial, do diesel. O plano para pagar o auxílio no próximo ano depende ainda da aprovação da reforma do Imposto de Renda, que servirá de fonte de compensação para o novo gasto, além de uma abertura no Orçamento por meio da limitação de gastos com precatórios -dívidas do governo reconhecidas pela Justiça. Mesmo membros do Ministério da Economia argumentam que o país não pode ficar sem um sistema de assistência social reforçado e dizem que a ausência de uma iniciativa nesse sentido seria um crime. O argumento é que além da perda de renda dos mais pobres provocada pela pandemia, a aceleração da inflação precisa ser compensada de alguma forma para trazer alívio à população vulnerável. Com o imbróglio do programa social caminhando para uma definição, a pressão que o Planalto vinha fazendo sobre Paulo Guedes tende a diminuir. De acordo com interlocutores da ala política, houve mudança de postura da equipe econômica, que passou a admitir soluções como furar o teto de gastos. A reportagem noticiou que o Palácio do Planalto vinha aumentando a pressão em Paulo Guedes por conta da indefinição do auxílio. Chegou a circular, inclusive, rumor de demissão do ministro e de um nome do ex-secretário do Tesouro Mansueto Almeida como “plano B” como eventual sucessor. A interlocutores, o economista-chefe do banco BTG Pactual tem negado que tenha sido sondado, mas mesmo assim mantém conversas com o Planalto, assim como ministérios e o Congresso.
Anderson Ferreira se reúne com lideranças católicas e prega união de Pernambuco
Na noite desta segunda-feira (18), o prefeito Anderson Ferreira se reuniu com padres, diáconos, fundadores de comunidades e lideranças da Igreja Católica, durante visita ao seminário da Arquidiocese de Olinda e Recife. Na ocasião, a convite do vereador Felipe Alecrim, Anderson aproveitou para falar sobre os desafios de Pernambuco nesse momento de retomada da economia, que foi prejudicada pela pandemia da Covid-19 e atingiu todas as famílias. “Temos muitos desafios para enfrentar no Estado e só com a união de todos poderemos superá-los. Além das perdas de familiares, todos fomos afetados pela crise econômica. Pernambuco precisa reagir com altivez e voltar a ter protagonismo. Não com promessas, mas com atitude e capacidade poderemos garantir a retomada do crescimento.”, afirmou Anderson Ferreira. O gestor disse que Pernambuco não pode ser considerado o campeão do desemprego e da falta de competitividade para atrair novos empreendimentos. “O relatório mais recente do Banco Mundial apontou nosso Estado com a pior taxa de desemprego, com 21,6%, enquanto a média do País foi de 14%. A insegurança nas ruas também voltou a crescer e isso é sinal de que falta mais atenção ao social. É nesse ponto que as igrejas podem contribuir ainda mais no apoio e no acolhimento às pessoas que estão passando por dificuldades”, declarou. Anderson também comentou sobre a sua gestão no município. “Jaboatão tem os melhores índices de desenvolvimento da educação, realizamos um belo trabalho social, estamos melhorando a infraestrutura com mais ruas pavimentadas e bem iluminadas, também estamos construindo novos parques, a nova orla e abrindo oportunidades de emprego com capacitações de mão de obra. Hoje podemos afirmar que Jaboatão já é visto como referência.”, afirmou o prefeito, lembrando o reconhecimento internacional do seu governo com os dois prêmios da ONU na categoria de excelência em gestão pública. Também participaram do encontro o deputado federal André Ferreira e o vereador Fred Ferreira.