“Por que o secretário mentiu?”, indaga Antonio Coelho

O líder da Oposição na Casa, deputado estadual Antonio Coelho (DEM), volta a questionar o governo do Estado sobre “de onde realmente partiu a ordem para o Batalhão de Choque agir contra os manifestantes no protesto do último dia 29”. A motivação do democrata é reforçada com a repentina demissão do secretário de Defesa Social, Antonio de Pádua, nessa sexta-feira (4). E, frente a tal cenário, o parlamentar coloca em xeque a veracidade das informações apresentadas pelo secretário durante seu encontro com os deputados, na última terça-feira (1), na Assembleia Legislativa. Reunião da qual o oposicionista se mostrou insatisfeito com os argumentos expostos pelo ex-gestor da SDS. “O secretário foi demitido porque ele deu a ordem ou porque ele recebeu a ordem?”, indaga o parlamentar. Caso se confirme uma das duas indagações, Antonio Coelho faz novo questionamento: “Antonio de Pádua, agora ex-gestor da SDS, teria mentido na conversa com os deputados?”, pergunta o democrata, assinalando ser essa mais uma informação a ficar no ar. O deputado destaca que a cada nova explicação da gestão estadual um integrante da cadeia do comando da polícia é penalizado. O democrata relembra que, no primeiro momento, o governo apontou o comandante da tropa como autor; em seguida, demitiu o Comandante da Polícia Militar e prometeu fazer novas alterações na estrutura de comando da instituição; e, por fim, demitiu o secretário Antônio de Pádua. “A quem o governo quer resguardar ao criar bodes expiatórios?”, indaga o parlamentar.
Miguel lança desafio ambiental com plantio de 7 mil árvores em menos de 2 horas

No Dia do Meio Ambiente, Petrolina promoveu um desafio ousado. Num mutirão envolvendo diversos parceiros e a prefeitura, foram plantadas 7 mil mudas nativas da caatinga nas margens do Rio São Francisco em apenas 1 hora e 34 minutos. O trabalho desenvolvido, neste sábado (05), busca a proteção da vegetação em torno do “Velho Chico” e desafiar os demais municípios ribeirinhos a quebrarem o recorde, protegendo, dessa forma, a mata ciliar. O prefeito Miguel Coelho comandou a operação e fez o plantio das primeiras mudas com a primeira dama, Lara Secchi Coelho. As 7 mil novas árvores das espécies marizeiro, jatobá, ingazeira, caraizeira e jurema preta ocupam um território de 12 hectares à beira do Rio São Francisco. Uma estrutura com irrigação também foi montada para garantir a sobrevivência da nova mata. A ação integra o programa Orla Nossa, iniciativa voltada à proteção do Rio São Francisco e seu ecossistema. No mutirão, diversos parceiros colaboraram, como as empresas Grand Valle, Bayer e Agrovale, que doaram mudas e equipamentos. Também atuaram o Instituto Federal do Sertão, Exército, Aeronáutica e Marinha – instituições decisivas no plantio operacional, planejamento e monitoramento. “Com esta ação queremos proteger o ‘Velho Chico’ e desafiar as outras cidades da região a protegerem a mata ciliar. Não adianta fazer esse trabalho em Petrolina e o restante dos estados e municípios não cuidarem desse patrimônio natural. É uma corrente do bem, que já tem muitos parceiros engajados, e quer muitos outros preocupados em garantir o futuro de nosso ecossistema”, destacou o prefeito Miguel Coelho.
João Campos encaminha à Câmara PL que institui registro de Patrimônio Vivo Municipal e garante AME São João

Para estimular e salvaguardar saberes de mestres e mestras, grupos culturais, tradicionais e populares da capital pernambucana, assegurando-lhes reconhecimento e valorização, além da transmissão e perpetuação desses conhecimentos e técnicas, o prefeito João Campos encaminhou, ontem(4/6), para a Câmara Municipal, o Projeto de Lei que institui o Registro do Patrimônio Vivo do Município do Recife (RPV-Recife). O ato simbólico de assinatura do PL ocorreu no Sítio Trindade, em Casa Amarela. Na ocasião, o gestor também antecipou que a classe artística recifense vai poder contar, em breve, com o AME São João – o Auxílio Municipal Emergencial para os artistas que atuam durante o período das festas juninas. “Estamos aqui no Sítio Trindade, importante patrimônio da nossa cidade, assinando o projeto de Lei que vai instituir o Patrimônio Vivo da nossa cidade. Recife é uma cidade que vive e respira cultura, e agora vai poder eternizar os nossos patrimônios, sejam eles pessoas, agremiações ou grupos culturais”, explicou João Campos. “Serão quatro títulos desse por ano, e, de maneira vitalícia, serão reconhecidos como patrimônio da nossa cidade. É um compromisso que estamos firmando hoje, que já segue para a Câmara de Vereadores do Recife, para a apreciação”, acrescentou. João Campos aproveitou o ato de envio do Projeto de Lei à Câmara para antecipar o repasse do AME São João em alguns dias. “Nesse mês de junho, que é tão importante para a gente, principalmente aqui no Sítio Trindade, onde a gente vive todos os anos o São João, também firmamos o compromisso de, nos próximos dias, lançar o AME São João – o Auxílio Municipal Emergencial para o São João da nossa cidade. É uma importante decisão para a cultura e todos aqueles que vivem de maneira tão intensa essa manifestação, que é tão importante e presente no Nordeste e aqui no Recife também”, disse. Resultado de amplo debate sobre a política no campo patrimonial, o RPV-Recife reconhecerá a cidade como herdeira de múltiplas e ancestrais contribuições em sua formação cultural, materializando uma política pública de cultura que prioriza a promoção, a difusão e o fomento dos bens intangíveis do Recife, com objetivos claros de salvaguardar, redimensionar espaços de ação e dar continuidade histórica de relevância para a memória cultural e artística do povo recifense. De acordo com o texto proposto à Câmara, será considerada ou considerado Patrimônio Vivo do Recife a pessoa ou grupo que manifeste as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas com origem na sabedoria, na memória e no imaginário coletivo, transmitidas de geração em geração e com identidade cultural nas comunidades, que podem se manifestar de diversas formas: nos costumes tradicionais, na música, na poesia, no teatro, na dança, nas festas que representam os diversos ciclos, nas procissões, nas romarias, nos cultos e nos rituais dos povos indígenas e da cultura afro-brasileira, nos idiomas e dialetos, na culinária, na medicina popular, dentre muitas expressões decorrentes da diversidade cultural do Município do Recife. Também presente ao ato, a vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão, comemorou a assinatura do projeto de Lei. “É uma alegria a gente saber que hoje o nosso prefeito João Campos encaminha esse projeto de lei para a Câmara de Vereadores, que trata exatamente do Patrimônio Vivo da nossa cidade, ligada a nossa cultura. Parabenizo o prefeito por essa grande iniciativa de celebrar, de reconhecer, essa cidade que pulsa cultura. Todo o nosso patrimônio vivo será muito em breve reconhecido por esse projeto que logo logo se tornará lei na nossa cidade, uma alegria”, destacou. Serão partes legítimas para indicar e provocar a instauração do processo de registro de patrimônios vivos da cidade a Secretaria de Cultura do Recife, o Conselho Municipal de Política Cultural e a Câmara de Vereadores do Recife. Serão registradas, no máximo, quatro inscrições de patrimônio anuais, contemplando até duas pessoas e dois grupos. O projeto estabelece que será assegurada a quantia mensal de R$ 1.650 ou R$ 2.200 às pessoas ou grupos declarados patrimônios. Os direitos atribuídos aos inscritos no RPV-Recife terão natureza personalíssima e serão inalienáveis e impenhoráveis, não sendo admitidas as possibilidades de cessão ou transmissão. O secretário de Cultura do Recife, Ricardo Mello, também ressaltou a importância do ato desta sexta. “Hoje é um dia muito importante para a cultura do Recife. É um gesto de reconhecimento de valorização do saber cultural, daqueles que fazem a cultura, que trazem a cultura durante gerações e vão perpetuando a força e a vitalidade da cultura do Recife com sua tradição e sua capacidade de renovação. Patrimônio Vivo é um gesto de reconhecimento que a gente tem de dizer que a cultura da gente é forte, ela é viva, ela se perpetua e ela se reinventa a partir daqueles que vem trazendo por amor ao ofício, por amor aquilo que fazem e que fazem da cultura do Recife algo tão especial e único”, comentou ele. Para o presidente da Fundação de Cultura do Recife, José Manoel Sobrinho, o projeto de lei do Patrimônio Vivo é um abraço na sabedoria. “Quando o prefeito João Campos encaminha para a Câmara de Vereadores um projeto de Lei que cria o registro do Patrimônio Vivo da cidade do Recife, simbolicamente, é um abraço na sabedoria, é um abraço no conhecimento. Os mestres e mestras dos grupos de tradição, são detentores de um conhecimento e isso está sendo, neste momento, profundamente respeitado, valorizado e acalentado. Queria dizer do prazer que é para nós da equipe de cultura, da Fundação de Cultura da Cidade do Recife e da Secretaria de Cultura, estarmos vivendo esse momento que é um momento de reconhecimento dos saberes do povo da cidade do Recife”, finalizou.
Em nota, SINPOL diz que gestão de Antônio de Pádua foi marcada pela falta de diálogo

Nota Oficial A exoneração do agora ex-Secretário de Defesa Social de Pernambuco, Antônio de Pádua, deixou evidente que, por ação ou omissão, o mesmo tem relação direta com os fatos lamentáveis ocorridos no Recife, no último dia 29. Infelizmente, Antônio de Pádua nunca foi de ouvir os apontamentos e os problemas da base da Polícia Civil de Pernambuco, muito menos do sindicato. Na sua gestão, o ex-secretário tentou impor muita coisa sem nenhum diálogo, além de não buscar inovar ou implementar novas políticas de Segurança Pública, como a reformulação do combalido Pacto Pela Vida, a aproximação das Polícia com as Comunidades, a valorização dos policiais da base e a melhoria da estrutura das delegacias para que pudéssemos investigar mais e melhor. Muito pouco foi feito apesar das tentativas do SINPOL em contribuir ao longo de todos esses anos. A sua gestão também será marcada como a gestão que perseguiu dirigentes sindicais e que promoveu a injusta e covarde demissão do ex-presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros, simplesmente por cumprir sua obrigação de defender a categoria e buscar a justa valorização dos policiais civis. Uma gestão que virou as costas para a polícia investigativa do Estado, contribuindo para o sucateamento da estrutura da Polícia Civil. A exemplo do que aconteceu com a Delegacia de São José do Egito, que foi despejada por falta de pagamento de aluguel e ficou um tempo funcionando em ônibus e em container. Sem falar das inúmeras delegacias completamente sucateadas e/ou ameaçadas de despejo. Não finalizou o Complexo de Perícias de Caruaru e ainda o deixou ser completamente saqueado. Por fim, sai apontado como cúmplice dos fatos ocorridos no último sábado, dia 29, no centro do Recife. Acreditamos que o Estado de Pernambuco pode fazer muito mais para a segurança do nosso povo e o SINPOL sempre esteve à disposição para contribuir nessa construção, sempre de forma firme, contundente e expondo o olhar da nossa categoria. Esperamos que o próximo secretário dialogue com o policial civil, porque, em momentos de crise, o diálogo deve prevalecer para buscar saídas, que muitas vezes não são fáceis, mas que passam inevitavelmente por muita conversa, transparência, e valorização para quem põe em prática a segurança pública do Estado, que são os policiais, principalmente os policiais da base. Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco – SINPOL-PE